Publicado em 17/09/2021 às 22:33 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:25
O mês de setembro está sendo marcado por muitas reuniões e postagens nas redes sociais por conta das campanhas dos dois professores postulantes ao cargo de diretor da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia (Estes/UFU) durante o próximo quadriênio (2021/2025). Atual ocupante da cadeira, Douglas Queiroz Santos disputa a preferência dos 378 votantes – entre docentes, discentes e técnicos administrativos – com Luiz Carlos Gebrim de Paula Costa.
Conforme o edital do processo eleitoral, os candidatos têm entre os dias 28/08 e 26/09 para apresentarem suas propostas e conversarem com a comunidade escolar da Estes. Na próxima terça-feira, dia 21, às 19h30, eles terão a oportunidade de confrontarem ideias em um debate organizado pela Comissão Eleitoral. Os eleitores também podem participar deste momento, enviando perguntas até o próximo domingo, 19.
A votação para escolha do diretor será realizada de forma eletrônica, no dia 28/09, simultaneamente à para a gestão 2021-2023 das coordenações dos sete cursos técnicos da Estes - Análises Clínicas; Controle Ambiental; Enfermagem; Meio Ambiente; Prótese Dentária; Saúde Bucal e Segurança do Trabalho. Confira, a seguir, a primeira parte das entrevistas concedidas por Santos e Gebrim, na manhã da última terça-feira (14/09).
Portal Comunica UFU – Por favor, fale sobre sua trajetória acadêmica, particularmente na Estes.
Douglas Queiroz Santos – A minha trajetória acadêmica na Escola Técnica de Saúde foi iniciada há exatamente uma década, no ano de 2011. Tenho formação acadêmica como técnico em Química e também possuo graduação, mestrado e doutorado nesta área. Durante esses anos na Estes, fui coordenador de cursos por quatro anos, coordenador do programa adjunto Pronatec e estou na direção há quatro anos. No mais, atuei como orientador em programas institucionais, como o de Biocombustível, no Instituto de Química, e ajudei a consolidar dois novos cursos aqui na Estes. Ela só tinha quatro cursos na área de Saúde, quando entrei como professor na área Ambiental, sou professor da área ambiental. Então, consolidamos os cursos técnicos em Controle Ambiental e em Meio Ambiente. Também tive a oportunidade de construir um laboratório de biocombustíveis de tecnologia ambiental neste período em que estou na Estes; fora as ações que realizamos em diversos projetos, durante estes quatro anos em que sou diretor.
Luiz Carlos Gebrim de Paula Costa – Havia uma vaga na Diretoria de Saúde, por conta da aposentadoria de uma professora do curso de Análises Clínicas. Vim para a Escola Técnica de Saúde em 2013, assumindo as disciplinas de Imunologia, Biologia Molecular e Celular. Ao longo desse tempo na Estes, desenvolvo as atividades da coordenação do curso de Análises Clínicas, participo de diversas comissões consultivas e deliberativas do Conselho da Estes. Já conheço a Estes há muitos anos e entendo que é uma instituição importantíssima para a UFU e que vem formando profissionais técnicos há quase 50 anos.
Comente agora sobre as suas experiências como gestor e os motivos que o levaram a ser candidato neste processo eleitoral?
Santos – Eu tenho uma vivência profissional que vai além da área acadêmica. Comecei a trabalhar desde os meus 17 anos. Vim da iniciativa privada, trabalhei em multinacional, como a DuPont, na Petrobrás e em outras empresas. Tenho uma história de 24 anos dedicados ao magistério e à iniciativa privada. Passei por vários cargos de gestão; estou ainda na gestão como vice-presidente do Conselho Nacional de Dirigentes das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais (Condetuf) - muito semelhante à Andifes, da qual o professor Valder [Steffen Júnior, reitor da UFU] participa. Então, eu carrego comigo essa história de vida. Sempre atuei com a Educação Profissional. Até 2010, antes de entrar na Estes, trabalhei na área técnica. Então, sei o quanto essa área é importante e transforma a vida das pessoas. E, como gestor, eu quero continuar o trabalho que venho desenvolvendo.
Gebrim – Percebemos que precisamos oportunizar cada vez mais a possibilidade de pessoas estarem na gestão. Neste processo eleitoral, são dois candidatos e isso oportuniza que as pessoas escolham. Quando só tem um candidato, você não escolhe: alguém coloca o nome para proposição e é eleito. Na democracia, é muito importante, muito bom poder optar entre duas propostas. Então, escutando a comunidade e pelo que eu entendo dos princípios e objetivos que a Escola Técnica de Saúde tem, acredito que um pouco da minha experiência de gestão me credencia a ser um bom candidato para diretor da Estes, pensando muito em vencer alguns desafios e alcançar os objetivos, que são: principalmente, a melhoria da imagem da nossa escola para a comunidade uberlandense e combater a evasão escolar. Estes são os pontos principais em que pretendemos trabalhar muito forte na gestão.
Douglas Queiroz Santos: 'Sei o quanto a Educação Profissional é importante e transforma a vida das pessoas.' (Imagem: Reprodução Google Meet)
Professor, como se deu a escolha do nome da sua chapa e qual é o significado dele?
Santos – Ao longo do período de campanha, que se encerra nesta sexta-feira, dia 17, estou realizando reuniões setoriais. Primeiramente, fiz uma apresentação de propostas em linhas gerais, através da minha equipe. A estratégia é apresentar para a comunidade essas ideias e também captar informações para compor o plano de gestão. Nossa estratégia não é apresentar imediatamente um plano de gestão, mas sim construir esse plano com as contribuições e demandas apresentadas pela nossa comunidade escolar. No mais tardar no sábado (18), será colocado no ar o plano de gestão, elaborado através dessas várias reuniões com o coletivo. A ideia do slogan da campanha, “Para continuar, para avançar; a Estes ainda melhor”, se deu por acreditarmos que esses quatro anos foram muito exitosos, apesar de todas dificuldades orçamentárias e por conta da pandemia. Mesmo assim, a Escola Técnica de Saúde avançou muito. Foi com base nesta convicção que fizemos a escolha do nosso slogan: “Para continuar, para avançar”. E temos plena consciência de que sempre há espaço para fazer ainda melhor.
Gebrim – O nosso lema de campanha é “Todos Juntos”. Ele representa o que a comunidade quer: participação nas decisões coletivas e nos rumos da nossa escola. Desenvolvemos um plano de gestão com o objetivo de entender como seriam os objetivos que a Escola Técnica de Saúde tem. Estamos escutando toda a comunidade e recebendo as sugestões. A partir das reuniões, estamos aprimorando cada vez mais o nosso plano de gestão. Ela não será uma gestão sem a participação da comunidade; vamos ouvir todos. Independente de apoio ou não para a candidatura, nós temos que ouvir todos. A gente precisa entender que a Estes tem um objetivo social, que é a formação de profissionais de qualidade para o mercado de trabalho e para profissionalização; esse é nosso objetivo. O que pudermos fazer vai ser escutando todos e com ajuda de todos. Vai ser uma gestão participativa. Este é o nosso grande objetivo.
Qual avaliação, o sr. faz do momento atual da Estes? Quais são os pontos positivos, negativos e os principais desafios de agora pra frente - sobretudo, no pós-pandemia?
Santos – Como pontos positivos, destaco alguns: primeiramente, nesses quatro anos em que estivemos à frente da direção, a Escola Técnica de Saúde aumentou o número de cursos; criamos um novo curso técnico, que é o técnico em Segurança no Trabalho, e vejo isso como um ponto positivo. Outro ponto foi o aumento do número de vagas. Eu peguei uma gestão que ofertava para a nossa comunidade de Uberlândia e municípios vizinhos 185 vagas e estou entregando a unidade com 660 vagas ofertadas. Então, é um número bastante expressivo, refletindo positivamente para nossa região. Outro ponto de extrema relevância foi o aumento de benefícios para os alunos: tínhamos antes apenas o auxílio-alimentação e o auxílio-transporte; hoje temos, além desses, os auxílios-Proeja, creche, esporte, cultura, pedagógico, inclusão digital. Então, criamos vários novos auxílios e aumentamos a percepção financeira deles. Por exemplo, o auxílio-alimentação era de R$ 45,00 quando assumimos, e hoje tem a possibilidade de chegar a R$ 300,00. Quanto aos pontos negativos que posso destacar, são as questões de orçamento, os cortes orçamentários que não um problema apenas da Estes, mas das universidades também, devido ao contexto atual, além dos reflexos da pandemia. Por exemplo, nós começamos os programas de visitas técnicas; fizemos um levantamento para implementar o esporte e a arte dentro da Estes e isso não foi possível, por conta do distanciamento e, consequentemente, da pandemia. O pós-pandemia é um momento importante para o qual temos que olhar com bastante carinho. É preciso identificar as prioridades dos nossos alunos, dos nossos servidores; e fortalecer ainda mais a assistência estudantil, porque o cenário econômico e social mudou muito devido aos reflexos da pandemia.
Gebrim – A Escola Técnica de Saúde está crescendo cada vez mais. Há criação de novos cursos e precisamos entender quais são os que ela ainda precisa ofertar. Vamos criar novos cursos, conforme a demanda da sociedade e sempre pensando em profissionalizar os indivíduos do nosso município e região. Temos um grande problema, que é o retorno das aulas presenciais. Como os nossos cursos são técnicos, temos uma carga horária de aula prática muito intensa. Vamos trabalhar junto com a UFU, com comissões de biossegurança para que nosso retorno seja o mais seguro possível. Como as aulas demandam uma aproximação muito maior entre os alunos e movimentação, precisamos ter uma segurança muito grande. Vai ser um desafio muito grande para a próxima gestão gerenciar e organizar esse retorno presencial com segurança, para que não tenhamos nenhum problema de infecção nos nossos segmentos discente, docente e técnico administrativo. Precisamos trabalhar realmente entendendo que é necessário um equilíbrio: os alunos querem se formar, mas não podemos colocar ninguém em risco sanitário. Então vamos trabalhar firmemente, criando um protocolo de biossegurança para que voltemos com bastante eficiência e consigamos formar toda essa comunidade que acreditou na Estes e que tenhamos um bom rendimento desses alunos.
Quais são as principais necessidades encontradas para o retorno das atividades presenciais e que devem ser solucionadas logo no início da próxima gestão?
Santos – As principais necessidades que entendo são no sentido de garantir a segurança da comunidade. Nesse retorno da pandemia, temos os comitês que estão debruçados sobre a questão. Faço parte de dois deles e a principal prioridade é garantir a segurança da nossa comunidade, mas também com olhar bastante atento para a qualidade do nosso ensino. Sabemos que, com a pandemia, a melhor solução encontrada foi o ensino remoto, porém temos ciência de que, para a Educação Profissional, é preciso ter muita vivência prática e habilidade para desenvolver uma profissão. Por isso, precisamos retomar com muito vigor e olhar com bastante atenção a qualidade do nosso ensino, nessa volta do pós-pandemia.
Gebrim – Precisamos fazer uma grande organização do calendário escolar. Vamos precisar dividir as turmas práticas em turmas menores para haver um distanciamento maior entre os alunos, evitando todo tipo de aglomeração. Vamos ofertar a todos os alunos os materiais de EPI, como máscara e luva, e vamos precisar efetuar limpeza e assepsia muito eficientes das nossas áreas comuns e dos laboratórios. Precisamos organizar o pessoal de recursos humanos, estrutura física, orçamento. Não é simples voltar às aulas, pois não queremos ter problemas depois desse retorno. Temos que organizar essa volta, pensando que vêm alunos não são de Uberlândia. Existe o risco das variantes que podem chegar à nossa região. A UFU inteira tem uma preocupação muito séria com isso, tendo em vista que os alunos são de vários estados. Quando retornamos essas aulas para cá, estamos recebendo pessoas de diversos pontos do país. Daí a necessidade de se ter todos esses protocolos de biossegurança, e com eficiência.
Luiz Carlos Gebrim de Paula Costa: 'O que pudermos fazer vai ser escutando todos e com ajuda de todos. Vai ser uma gestão participativa.' (Imagem: Reprodução Google Meet)
Qual é a principal proposta de sua campanha e o porquê dela?
Santos – Nas propostas existem várias frentes importantes. Destaco o Centro de Educação Profissional a Distância ou Híbrido, que queremos construir no Bloco 6X, com o objetivo de levar a Educação Profissional para além dos muros da universidade. Nós temos diversas cidades de Minas Gerais e de outros estados que não possuem um Instituto Federal, uma Escola Técnica vinculada ou uma universidade, e a população necessita de formação profissional. Então, esse centro se encontra em uma posição de destaque nas propostas, pois irá proporcionar acesso a mais pessoas, através desse modelo de educação a distância, e também é uma possibilidade de captar recursos, seja através da Setec [Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica], em Brasília, seja através dos ministérios, como a gente já faz com os projetos especiais. Vamos trazer recursos para a unidade e equipar os laboratórios com as modernizações previstas para a “educação 4.0”. No mais, existem outras questões importantes, como a continuidade da assistência estudantil, melhorias de laboratórios, que proporcionam até o acesso a alunos da graduação e pós-graduação para atuar nesse centro. Temos uma resolução que foi criada em nossa gestão, o Programa Qualificar, que possibilita a interação dos alunos. A assistência estudantil pode dar suporte tanto para os nossos alunos quanto aos alunos da graduação de outras Unidades Acadêmicas.
Gebrim – Baseio em três pontos. O primeiro é a melhoria na quantidade de oferta de vagas para a comunidade, cumprindo um papel social muito importante na formação de profissionais no município de Uberlândia e região. Segundo: combate à evasão. Vamos criar programas voltados a este problema, assim como ao da retenção escolar e para melhoria do sucesso escolar. Queremos que os alunos entrem na instituição e consigam se formar, mas também precisam estar encaminhados para o mercado de trabalho. Pretendemos que nossos alunos estejam numa vitrine, que as empresas e os órgãos públicos nos enxerguem como uma instituição que produz bons profissionais. Por fim, o terceiro ponto é a melhoria na participação; ouvir mais a comunidade. As decisões não podem ser muito escondidas. Precisamos já ter uma noção de que a comunidade escolar – professores, técnicos e alunos – e a comunidade externa têm que participar e estar mais envolvidas. Vamos retomar esse clima de liberdade e de participação.
Como está sendo esse processo de campanha e quais são as suas expectativas para a eleição?
Santos – Durante esse processo de campanha, estamos realizando diversas reuniões, com vários segmentos e grupos, com o intuito de apresentar nossas ideias e trocar ideias com os estudantes, docentes e técnicos administrativos. Tudo, com o objetivo de compor o plano de gestão. A minha expectativa quanto à eleição é de que os eleitores avaliem com cautela as propostas dos dois candidatos e que vença aquele cujo plano de gestão atenda a maioria das pessoas e coloque a Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia em um papel de destaque e representatividade, servindo de força para nossa comunidade, com o potencial de força social que a educação possui.
Gebrim – Não é fácil se candidatar; principalmente em período remoto, tendo que fazer uma série de reuniões. Sem o “corpo a corpo”, a saída é fazer essas reuniões remotas, o que já é uma grande dificuldade. Mesmo assim, ao longo da campanha, temos recebido inúmeras proposições e ideias, melhorando cada vez mais o nosso plano de gestão. Nas nossas redes sociais, em que colocamos pela primeira vez esse plano, tivemos um alcance muito grande, um aumento de número de seguidores. O pessoal está entendendo a nossa campanha, conhecendo as propostas e interagindo. Fizemos uma primeira versão do plano de gestão, porque eu não poderia sair como candidato sem nada a propor para a comunidade. Daí, essas ideias foram entregues para todos os professores, técnicos e alunos da Estes e demos a oportunidade para que lessem, sugerissem e/ou criticassem. A partir disso, mudamos alguns pontos e melhoramos outros. O envolvimento está sendo muito bom e proveitoso. Estamos levando ao pé da letra o lema da nossa campanha: “Todos juntos”.
Já é possível apontar uma demanda principal citada nas reuniões de campanha realizadas com a comunidade da Estes? Caso sim, qual é o seu posicionamento frente a ela?
Santos – As nossas reuniões ainda não terminaram. Não existe uma demanda unânime, mas estamos captando as informações. E o que eu mais vejo de demanda principal, não só nas reuniões, mas da vivência desses quatro anos na direção, é o atendimento aos nossos alunos, que é a razão da existência da Escola Técnica de Saúde. É preciso, cada vez mais, ter esse olhar atento, carinhoso com os alunos, porque eles têm um recorte muito diferente da graduação. São pessoas que têm uma vulnerabilidade social alta; 70% dos estudantes dos nossos cursos técnicos têm renda familiar per capita menor que 1,5 salário mínimo. Então, é esse olhar: esta, para mim, é a demanda principal!
Gebrim – Vamos escutar todas as demandas e tentar implantar tudo o que for possível: maior participação da comunidade nas decisões; representatividade dos alunos nos conselhos; melhorar as relações humanas interpessoais e a diminuição de conflitos; precisamos criar mais auxílios para manter os alunos na Estes, formando grupos de trabalho que orientem e facilitem para que eles consigam organizar seus documentos e ter acesso a esses direitos. Nosso público é bem diverso e com vulnerabilidade social. Temos alunos que se formaram há 30 anos; alunos que acabaram o Ensino Médio; outros que fazem graduação ou até pós-graduação e doutorado. Precisamos criar um núcleo chamado Napne [Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas], para trabalharmos com todos os problemas de dificuldade de aprendizagem. Recebemos alunos que têm desde déficit intelectual até altas habilidades e deficiências físicas. Precisamos estar bem orientados pelo Napne e ter uma psicóloga escolar e assistente social. Temos que realmente estruturar a Estes com mais recursos humanos desses profissionais. Ademais, defendo o mandato de quatro anos. A gente precisa saber quando ele começa e quando termina. Então, se nesses quatro anos, conseguirmos estruturar e planejar a escola nesses pontos principais – que são combate à evasão, melhoria na oferta de vagas para a comunidade e aumentar a participação na comunidade na escola –, acho que já teremos criado uma política muito boa para a próxima gestão.
Nota da Redação: a segunda parte desta reportagem especial será publicada na próxima terça-feira (21/09).
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