Jussara Coelho O coordenador-geral de expansão e gestão das Instituições Federais de Ensino do MEC, Antônio Simões Silva, esteve, nesta quinta-feira, 20, em Patos de Minas para avaliar a situação dos laboratórios da UFU na cidade. Segundo o reitor Elmiro Santos Resende, a universidade está convivendo com o problema de estrutura nos laboratórios, principalmente, porque a construção do campus sofreu atraso em função do embargo judicial (a Justiça Federal anulou o ato de escolha do terreno para a implantação do campus; na ação, o Ministério Público Federal relatou que a escolha do terreno não seguiu os parâmetros legais exigíveis). Para resolver, a prefeitura de Patos de Minas alugou um prédio que está sendo preparado para se transformar em laboratórios enquanto providenciam o novo campus. A prefeitura precisa assinar o contrato de aluguel com o proprietário do imóvel, ressalta Bruno de Donato Ferreira, diretor de serviço administrativos da prefeitura de Patos de Minas. Ele argumenta ainda que falta a licitação para instalar os equipamentos do laboratório. Assim, segundo Ferreira, no semestre que tem início em agosto de 2014, os alunos, provavelmente, já começarão as aulas com os novos laboratórios. O prefeito universitário, Reges Eduardo Teodoro, acompanhou a visita de Simões. “O papel da prefeitura universitária é adequar as instalações dos campi às necessidades dos alunos. Iremos abrir licitação para a adaptação, a verba necessária já está assegurada pela Câmara dos Vereadores municipal”, assegura o prefeito. Rodrigo Romão, 20, estudante de Engenharia de Eletrônica e Telecomunicações e representante do Diretório Central dos Estudantes em Patos, pontua que os alunos apresentaram ao MEC e à reitoria as condições e situações vividas por eles no campus pela falta de laboratório e estrutura precária. Em nome dos docentes, Romão ressalta: “Esperamos que consigam, juntos, solucionar nossos problemas”. Os alunos procuraram várias instâncias no sentido de conseguir resolver a situação precária que os estudantes daqui estão passando, afirma o coordenador-geral do DCE da UFU, Max Ziller. “Já fizemos várias reuniões com reitoria, prefeitura e vereadores. Já levamos o caso para o Conselho Universitário. No ano passado, organizamos uma audiência pública com o Ministério da Educação, fomos até Brasília só para resolver esta situação”, ressalta Ziller. Para o estudante, a situação do campus de Patos de Minas é, de todos os espaços da universidade, o mais complexo de resolver e, portanto, mais difícil de ser solucionado, requerendo mais atenção de todo o setor administrativo da universidade. “Fomos nós que enviamos para o MEC o pedido de reunião. A diretoria de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior, Adriana Rigon Weska, respondeu ao nosso pedido marcando esta visita do MEC aqui no campus”, acentua Ziller. Para ele a visita foi positiva, pois demonstra movimentação da universidade para resolver os problemas.   Ao término de sua visita, Antonio Simões alegou que, após a entrega dos laboratórios, a prioridade será a organização da administração. Ao chegar em Brasília, o coordenador irá fazer um relatório apresentando sugestões de melhorias para a universidade. O documento elaborado com o apoio do reitor e apresentado à Secretaria de Educação Superior. Simões foi categórico ao afirmar que “naquele espaço (Palácio de Cristal) não dá para a universidade funcionar”. Com a inauguração dos novos laboratórios, o Palácio de Cristal será destinado aos docentes, biblioteca, sala dos professores, parte administrativa da prefeitura e parte da administração do campus (a outra parte continua na Unipam).