Publicado em 08/04/2020 às 08:45 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:52
Podcast é apresentado pela jornalista Josielle Ingrid (Foto: Marco Cavalcanti / Arte: Anna Cauhy)
“Há bastante luz para os que desejam ver, e bastante obscuridade para os que têm uma disposição contrária”, pronunciou o matemático e filósofo francês Blaise Pascal no século XVII, período marcado pelo conflito entre a razão e a repressão das ideias. A ciência que conhecemos hoje se desenvolveu a partir da Revolução Científica no século XVI, baseada no conhecimento empírico, e se estendeu até o século XVIII, fundamentada na razão como fonte de autoridade, legitimidade e confiabilidade para explicar os fenômenos na natureza. Durante os três séculos seguintes, a ciência encontrou negacionistas, que de tempos em tempos surgem com manifestações obscurantistas, anti-intelectualistas e anti-cientificistas, por conta de resultados científicos que não apoiem seus interesses, crenças e convicções.
Neste momento em que enfrentamos a pandemia do novo coronavírus, os trabalhos dos cientistas e profissionais da saúde, que estão na linha de frente contra essa doença, deveriam assumir relevância inestimável; ao lado dos jornalistas, que ouvem as fontes qualificadas cientificamente para informar e orientar a população. Mas ainda há quem se se manifeste no sentido de desacreditar a comunidade científica sobre as medidas de enfrentamento à covid-19, com o objetivo de defender posições econômicas e políticas. Ontem, 7 de abril, foi comemorado o Dia do Jornalista e o Dia Mundial da Saúde; a data invoca reconhecer a importância desses profissionais diante da realidade que enfrentam, principalmente, nesse cenário caótico.
Há luz no fim do túnel. Um relatório especial da Edelman sobre a covid-19, publicado no mês passado, mostrou que os entrevistados consideram, no contexto atual de pandemia, os cientistas e os médicos os porta-vozes com mais credibilidade para tratar do assunto. Além disso, os dados indicam que as fontes de informações mais confiáveis, nesse momento, são os veículos de imprensa.
Diante disso, o episódio #2 do podcast “Ciência ao Pé do Ouvido”, publicado nesta quarta-feira (08), busca entender o que a ciência brasileira pode fazer contra o coronavírus. Para isso, a apresentadora Josielle Ingrid bate um papo com o jornalista Reinaldo Lopes, repórter de ciência do jornal Folha de S. Paulo; com o médico sanitarista Nilton Pereira Júnior, que atua no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) e é especialista em Sistema Único de Saúde (SUS); e com a virologista Aline Matos, da Fiocruz.
Também temos a participação do psicólogo Pablo Martins, supervisor da Clínica Escola da UFU, que responde às dúvidas dos ouvintes sobre os efeitos do isolamento social na nossa saúde mental. Martins deixa algumas dicas práticas de como podemos lidar com essas mudanças.
O podcast “Ciência ao Pé do Ouvido” é produzido pela Divisão de Divulgação Científica da Diretoria de Comunicação Social (Dirco) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Para sugestões e dúvidas, entre em contato com a equipe: comunicaciencia@ufu.br.
Ouça “Ciência ao Pé do Ouvido”:
*Thiago "Zina" Crepaldi é estudante do curso de Graduação em Jornalismo da UFU
Palavras-chave: COVID-19 podcast Ciência ao Pé do Ouvido coronavírus UFUContraOCorona
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