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Economia

Pandemia gera desemprego em Uberlândia

Estudo do CEPES/UFU aponta que cidade perdeu aproximadamente cinco mil vagas em dois meses; no Brasil 1,1 milhão de postos de trabalho foram fechados

Publicado em 04/06/2020 às 19:13 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:52

 

Uberlândia registra déficit de quase 5 mil vagas de emprego em dois meses

Os danos causados pelo novo coronavírus (Covid-19) extrapolam as questões relacionadas à saúde, invadem o campo econômico e altera os níveis de empregabilidade. Isso que aponta estudo publicado pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (CEPES/UFU). Em dois meses de pandemia, março e abril, 4.914 postos de trabalho foram encerrados em Uberlândia.

Para se ter ideia do impacto, em 2019 foram gerados 4.067 novas vagas de trabalho na cidade. Nos dois primeiros meses deste ano outros 814 postos foram criados. No entanto, a Covid-19 anulou esses resultados.

A atividade econômica que mais sofreu com o novo coronavírus em Uberlândia foi o de serviços. Em dois meses perda de 2.385 vagas. O comércio registrou decréscimo de 2.088 ocupações. 

Veja no quadro abaixo os números da empregabilidade em Uberlândia por atividade econômica:

 

Desemprego no Brasil e em Minas Gerais

A nota informativa“Análise geral da evolução do emprego celetista em Uberlândia: O primeiro quadrimestre de 2020 no contexto da crise da Covid-19” além de analisar os dados da cidade do Triângulo Mineiro apresenta o quadro da empregabilidade no país e no estado. Em sessenta dias o Brasil tem perda de 1.105.214 vagas de emprego com carteira assinada. Em Minas Gerais o saldo negativo foi de 107.282.

A pesquisa estima que cerca de 13 milhões de brasileiros estejam desempregados, o que representa 12,6% para o trimestre avaliado (fevereiro, março e abril). A taxa era de 11,9% no trimestre anterior.

“As repercussões econômicas da Covid-19 são graves e requerem, portanto, a formulação e implementação de políticas públicas que visem mais que o curto prazo”, conclui o documento.

Os dados da nota informativa foram colhidos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e organizados pelas autoras da pesquisa, Alanna Santos de Oliveira (economista vinculada ao CEPES) e Vitória de Oliveira Ribeiro (estudante do curso de Relações Internacionais da UFU e pesquisadora voluntária).

 

Palavras-chave: Economia emprego pandemia COVID-19

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