Publicado em 11/09/2020 às 18:39 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:52
A infusão foi feita no paciente Douglas Cristiano Henrique de Oliveira (foto: divulgação)
O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) realizou no dia 29 de agosto, o primeiro transplante autólogo de medula óssea. A infusão foi feita no paciente Douglas Cristiano Henrique de Oliveira, de 34 anos, portador de linfoma não Hodgkin, um tipo de câncer que tem origem no sistema linfático.
O paciente recebeu alta hoje, 11, e a equipe de onco-hematologia do HC-UFU comemora o sucesso do procedimento. “Os exames realizados no último dia 7/9 mostraram um aumento nas taxas de leucócitos, o que significa que a medula já está produzindo novas células troncos”, explica o hematologista Elmiro Ribeiro Filho, um dos membros da equipe de onco-hematologia.
Há dois anos em tratamento, Oliveira passou por diversas sessões de quimioterapia e de radioterapia, além de várias internações, até encontrar no transplante a possibilidade de cura. “Quando me ligaram para a internação não acreditei. Sinto muito orgulho em ser o primeiro paciente a fazer este procedimento no HC-UFU. Estou curado e feliz”, ressalta.
O responsável técnico pelo Transplante de Medula Óssea, Virgílio Farnese, destaca o mérito de toda a equipe multidisciplinar composta por médicos, estomatologistas, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais. “A gente fica muito feliz com o resultado, pois é uma possibilidade de cura para uma série de doenças hematológicas”, afirma.
Etapas do transplante
De acordo com os especialistas, transplantes autólogos são aqueles em que o próprio indivíduo é doador das células-tronco que serão infundidas, com o objetivo de tratar doenças como linfomas, tumores sólidos e mieloma múltiplo.
A primeira etapa para o transplante é a coleta das células-tronco. Em
seguida o paciente é submetido a sessões de quimioterapia com a finalidade de destruir a medula doente. Após esta fase, é feita a infusão das células-tronco que foram retiradas do paciente. “A infusão é por um cateter semelhante a uma transfusão de sangue. O paciente permanece internado monitorando o quadro clínico. A enxertia medular é confirmada quando o organismo começa a produzir novas células sanguíneas”, ressalta Elmiro Ribeiro Filho.
O HC-UFU se prepara para fazer outros transplantes autólogos e está planejando os transplantes alogênicos e em crianças. “O hospital possui toda a tecnologia e estrutura para fazer este tipo de tratamento. Estamos buscando sempre o melhor resultado e um atendimento integral e humanizado”, destaca Farnese.
Para a superintendente do HC-UFU, Aglai Arantes, este é um momento histórico. “Agradecemos a toda a equipe multiprofissional pelo empenho na realização deste sonho, que é do paciente e de toda a instituição”.
Palavras-chave: saúde HC transplante medula linfoma
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