O que a UFU tem feito sobre o tema saúde mental?

Muito se fala sobre saúde mental quando chega setembro. Mas este assunto deve ser pauta em todos os meses do ano, principalmente durante uma pandemia e um isolamento social que já dura quase seis meses.

Segundo a ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), os países gastam, em média, 2% do seu orçamento de saúde em saúde mental. Ao mesmo tempo, setores têm se mobilizado para atender essa demanda.

Na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), dois projetos têm acontecido desde abril de 2020. O “Proteger-se”, que une cerca de 100 voluntários de diversas áreas em várias atividades, desde atendimento terapêutico até acompanhamento nutricional. O público-alvo é a comunidade acadêmica - servidores, alunos e professores -, mas as atividades também são para a população externa, exceto o plantão terapêutico. O projeto é totalmente on-line e remoto e preza pelo sigilo e confidencialidade.

O Proteger-se é composto por seis atividades: Recore, Quarentena Poética, Medita UFU, GT.com, SOS Ame e Um Olhar Acolhedor para o Alimentar-se. Além delas, há parcerias com outros projetos como o Nuavidas e o Todas Acolhidas. Para a pró-reitora de Assistência Estudantil, Elaine Saraiva, essas atividades são resultado dos motivos que levam o público a solicitar atendimento no plantão terapêutico. “Diversos encaminhamentos podem ser importantes para que as pessoas cuidem-se e sejam cuidadas”, afirma. Essas atividades são abertas para toda a comunidade externa das cidades onde a UFU exerce suas funções: Uberlândia, Monte Carmelo, Patos de Minas e Ituiutaba.

De acordo com Michele Xavier Falco, psicóloga da Divisão de Saúde (Disau) da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Proae), o Proteger-se foi bem aceito pela comunidade acadêmica e a demanda tem aumentado desde o início dos atendimentos. “Até o momento, percebemos procura de todos os seguimentos da UFU. Além disso, desde o início do projeto, foram incluídas outras instituições atendidas”, conta. Para participar, basta acessar os links disponíveis no SITE DA PROAE.

Outro projeto que acontece desde abril é o Grupo Terapêutico On-line, o Toca. Este projeto de extensão nasceu da parceria entre o Instituto de Psicologia da UFU e a Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Voltado para estudantes universitários, tem a coordenação composta por uma equipe interdisciplinar, com profissionais de enfermagem, musicoterapia e psicologia.

O Toca não surgiu por acaso. Segundo a coordenadora Marciana Gonçalves Farinha, a ideia ocorreu quando o calendário acadêmico foi suspenso e o Projeto Vivências Universitárias, intervenção grupal presencial de cuidado em saúde mental, também teve que parar. Assim, começou o Grupo Terapêutico, que consiste em intervenção via tecnologia da informação e comunicação (TIC), com sete encontros semanais de 1h30 de duração. As temáticas trabalhadas surgem de demandas do próprio grupo.

A coordenadora conta que o Toca foi bem recebido pela comunidade acadêmica. “Inclusive, dobramos o número de vagas abertas na primeira edição do Toca na UFU e temos uma fila de espera para a próxima edição. Este projeto inicialmente teve o foco nos universitários e, em breve, planejamos ampliá-lo para outros segmentos”, afirma. Para participar, basta se inscrever por formulário on-line, divulgado nas redes sociais oficiais da universidade, no Portal Comunica e no Portal de Eventos.

Mês para a Vida

Além desses projetos, a Proae, com apoio de diversos parceiros, organizou uma programação para a 4ª edição do “Mês para a vida e Setembro Amarelo”. O tema deste ano fala sobre vida, mas também sobre temas que permeiam as vivências durante o isolamento social. A programação já está disponível no SITE DA PRÓ-REITORIA.

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