Pró-reitor da UFU integra Conselho Superior da Capes

Carvalho vai representar o Fórum Nacional dos Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (foto: Marco Cavalcanti/Arquivo)

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Carlos Henrique de Carvalho, passou a integrar o Conselho Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

A designação foi feita por meio da Portaria 413 de 18/06/2021 do Ministério da Educação (MEC), publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 21/06. Carvalho vai representar o Fórum Nacional dos Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação junto ao conselho.

Também foram designados sete representantes dos profissionais atuantes no ensino e na pesquisa (Marcelo Marcos Morales, Ricardo Hasson Sayeg, Otavio Luiz Rodrigues Junior, Fernando Bacal, Abílio Afonso Baeta Neves, Sílvia Maria Stortini Gonzalez Velazquez e Patrícia Rieken Macedo Rocco); dois representantes das lideranças do setor empresarial (Márcia Perales Mendes e Silva e Luiz Roberto Liza Curi) e uma representante da Associação Nacional de Pós-Graduandos (Flávia Calé). O mandato dos novos conselheiros é de três anos a partir da data de publicação da portaria.

O pró-reitor falou ao Comunica UFU sobre a importância e o papel que vai desempenhar no Conselho Superior da Capes:

Qual a importância de ter um pró-reitor da UFU integrado a esse cargo na Capes?

As importâncias são várias, mas eu gostaria de destacar duas: a primeira é de você estar lado a lado e compartilhar o pensamento com os principais gestores e pesquisadores do país, representantes das várias áreas.

Nós não podemos esquecer que o Conselho Superior da Capes tem os representantes natos, como o presidente CNPq, o presidente da Andifes e presidentes de outras entidades científicas de grande porte. Então, a importância é estar lado a lado, compartilhando esse pensamento científico sobre os rumos de uma política científica e de pós-graduação para o país.

Não podemos deixar de lembrar que a Capes é a principal agência do país em termos de processo de regulação da nossa pós-graduação. É a agência que tem o maior quantitativo de bolsas, em torno de 84 mil bolsas. A agência com o maior programa de internacionalização do país, que é o PrInt (Programa Institucional de Internacionalização), que tem os principais convênios internacionais, e que teve um dos principais orçamentos para desenvolvimento científico e tecnológico do país.

Então, a importância de estar no conselho superior da Capes é basicamente essa: compartilhar com as principais lideranças, que vão definir os rumos e diretrizes da pós-graduação do país.

Em segundo lugar, é compartilhar essas decisões. Veja bem, a Universidade Federal de Uberlândia, principalmente, que é aquilo que eu represento hoje, que é o fórum dos pró-reitores de pesquisa e pós-graduação do país, do qual eu sou presidente, vai opinar sobre essas diretrizes. Então, a gestão da pós-graduação vai ser representada por este ponto em particular aqui da UFU, e estará compartilhando de preocupações e estará apresentando as múltiplas realidades e assimetrias do nosso sistema. Aí reside um outro ponto de extrema importância: as gestões da pós-graduação das universidades serem ouvidas através do seu representante pelos próximos três anos.

Fale um pouco sobre a função/cargo que vai desempenhar.

É importante destacar esse compartilhamento de questões e a responsabilidade que o cargo investe. Exige muita dedicação e responsabilidade, principalmente se a gente visualiza uma mudança para os próximos três anos, principalmente no modelo de avaliação da Capes. Implementar aí uma nova filosofia de avaliação, e isso vai passar necessariamente pelo Conselho Superior.

Uma coisa que eu gostaria de destacar é que deve sair nos próximos meses uma nova comissão do PNPG (Plano Nacional de Pós-Graduação). Esse plano vai ter uma comissão constituída, que vai elaborar um relatório, mas quem vai definir as próximas diretrizes para implementação do PNPG é o Conselho Superior. É quem compete, estatutariamente na Capes, definir o que se muda ou o que se acrescenta em termos de política de pós-graduação no país. Então, a importância de estar compartilhando desse espaço como membro efetivo do Conselho Superior da Capes gera uma importância, mas por outro lado, traz muitas responsabilidades.

Currículo

Carlos Henrique de Carvalho é graduado em História pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Mestre em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia. Doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP). Estágio pós-doutoral em História da Educação pela Universidade de Lisboa.

Professor Titular da Universidade Federal de Uberlândia. É professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (nos cursos de mestrado e doutorado), da Faculdade de Educação (Faced/UFU). É pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFU, gestão 2017-2020, tendo sido reconduzido para o período 2021 a 2024.

Em 2019-2021 assumiu a Presidência do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação. É Membro do Conselho Superior (CS) e do Conselho Técnico Científico da Educação Superior (CTC-ES) também da Capes. Membro do Conselho Deliberativo do CNPq.

É presidente do Conselho Curador da Fundação de Apoio Universitário (FAU), desde 2017. É membro do Conselho Estadual de Educação/MG, na Câmara de Educação Superior (2020-2024).

Membro dos Conselhos Editoriais das Revista Cadernos de História da Educação; Conselho Editorial Nacional da Revista Acta Scientiarum Education (da Universidade Estadual de Maringá) e da Revista Educação em Questão (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

É consultor ad-hoc de periódicos especializados, editoras e agências de fomento. Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFU, nos biênios 2009-2011 e 2011-2013.

Foi membro da Câmara de Ciências Humanas Sociais e Educação (CHE) da Fapemig entre 2012 a 2016, sendo seu coordenador no biênio 2015/2016 . Foi Diretor da Faced/UFU em 2016. Foi Secretário da Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE), biênio 2015-2017.

Tem experiência na área de Educação, com ênfase em História da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: história da educação brasileira; educação e imprensa; Igreja Católica e educação, no Brasil e em Portugal. É pesquisador da Fapemig (no Programa Pesquisador Mineiro) e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.

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