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Financiamento

Pesquisa coordenada por professora da UFU é contemplada no programa de apoio a jovens doutores do Brasil

Estudo será desenvolvido pelo Icbim/UFU, em parceria com a USP, o Instituto Butantan e a Fundação Ezequiel Dias

Publicado em 03/01/2023 às 10:50 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:39

Foto: Milton Santos

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) divulgou o resultado parcial do Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil. Foram 157 propostas apresentadas às Câmaras de Avaliação de Ciências Biológicas e Biotecnologia (CBB) e de Avaliação de Ciências da Saúde (CDS). Entre as 46 aprovadas, está o projeto de pesquisa intitulado "Utilização de uma fosfolipase A2 (svPLA2) isolada da peçonha de Bothrops moojeni como ferramenta biotecnológica para seleção de possíveis alvos moleculares em Toxoplasma gondii", coordenado pela Profa. Dra. Eloisa Amália Vieira Ferro, do Programa de Pós-Graduação em Imunologia e Parasitologia Aplicada da Universidade Federal de Uberlândia (PPIPA/UFU).

A execução do projeto de pesquisa será feita por oito pesquisadores associados à UFU, à Universidade de São Paulo (USP), ao Instituto Butantan (IBu/SP) e à Fundação Ezequiel Dias (Funed/MG). As pesquisas serão realizadas em diferentes laboratórios dessas instituições. Na UFU, serão desenvolvidas no Instituto de Ciências Biomédicas (Icbim) e no Instituto de Biotecnologia (Ibtec).

A proposta terá duração de até dois anos. A chamada contempla a pesquisa com um montante de R$ 50 mil financiados pela Fapemig. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pagará ao pesquisador de pós-doutorado uma bolsa mensal de R$ 4.100,00.

 

O projeto de pesquisa

Intitulado "Utilização de uma fosfolipase A2 (svPLA2) isolada da peçonha de Bothrops moojeni como ferramenta biotecnológica para seleção de possíveis alvos moleculares em Toxoplasma gondii", o estudo visa descobrir possíveis receptores de membrana, conhecidos como alvos moleculares, no organismo causador (patógeno) da toxoplasmose congênita. A ideia é utilizá-los para o desenvolvimento e produção de medicamentos antiparasitários com maior estabilidade e mecanismo de ação específico, impactando positivamente a saúde pública no estado e no mundo.

O pós-doutorando do PPIPA Samuel Cota Teixeira aponta que a doença é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. “A infecção pelo parasito Toxoplasma gondii em gestantes pode levar ao desenvolvimento da toxoplasmose congênita. Atualmente, o tratamento consiste no uso de antiparasitários, os quais frequentemente têm sido associados a vários sérios efeitos colaterais”, completa.

O pesquisador destaca que é necessário incorporar novas tecnologias no sistema público de saúde para prevenir a transmissão da doença para os fetos, principalmente devido às complicações que esta causa. ”O conhecimento produzido nesta pesquisa oferecerá suporte científico para a criação de novos fármacos antiparasitários, os quais futuramente poderão ser adotados como intervenções terapêuticas alternativas para o tratamento da toxoplasmose congênita”, finaliza.

 

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Palavras-chave: PPIPA Jovens Doutores Fapemig

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