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Meio Ambiente

Simpósio aborda a importância do Cerrado

Palestras e minicurso são oferecidos para ressaltar a necessidade de preservação do bioma

Publicado em 26/09/2023 às 14:26 - Atualizado em 29/09/2023 às 15:42

O simpósio é realizado a cada dois anos (foto: Freepik)

Começa nesta terça-feira (26/9), a quinta edição do Simpósio Regional sobre Conservação da Biodiversidade do Cerrado, desta vez centrado na temática Cerrado e suas Peculiaridades na “Década da Restauração”. Organizado pelo curso de Biologia, através do Programa de Educação Tutorial (PET), em parceria com o Grupo de Estudos sobre Conservação e Biodiversidade (GECB), de tutoria da professora Natália Mundim, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

O evento ocorre a cada dois anos de modo a impulsionar a integração entre a comunidade e o meio acadêmico mediante a preservação do Cerrado como um dos biomas mais devastados em todo o território brasileiro. 

Assim, se fazem presentes variados pesquisadores e interessados no setor de recuperação de áreas degradadas. Além de diversos palestrantes de renome que foram convidados a ministrar minicursos e participar das mesas-redondas a fim de colocar em evidência a importância do Cerrado e mostrar a relevância de toda a sua riqueza ecológica para a sociedade.

Neste ano, entre 26 e 30 de setembro, os integrantes do PET Biologia, responsáveis pela organização, recebem os inscritos no simpósio no “Doce Jardim”, ao lado da biblioteca do campus Umuarama. 

A estudante do curso de Biologia, Samara Marques, agora já em sua terceira edição do simpósio, sendo duas delas como petiana, comenta sobre sua experiência na organização do evento: “Fazemos o simpósio a cada dois anos, e ser realizado em um período curto entre as edições é essencial para conseguirmos aumentar a discussão acerca da proteção do nosso ambiente. Em nossas palestras e mesas buscamos sempre trazer temas atuais e ligados diretamente ao nosso curso, com profissionais da área para palestrar, e cerca de três convidados para efetivar as discussões da mesa”.

 

A imagem mostra o banner do evento com uma espécie animal e outra vegetal representando a biodiversidade do Cerrado

 

O Cerrado 

O Cerrado é considerado o segundo maior bioma do Brasil, cobrindo por volta de 25% do território nacional. Ele serve como uma espécie de corredor biodiverso para diversas espécies de animais e plantas, sendo amplamente heterogêneo nesse quesito. No simpósio, além de serem apresentadas as características desse bioma, discute-se também a contínua devastação dele e as consequências de sua perda.

O palestrante desta quinta edição do simpósio e professor do Instituto de Geografia, Vinícius Lima, discorre sobre essa necessidade de preservar o Cerrado em concordância com a temática do evento neste ano: “Acredito que restaurar o Cerrado tem se mostrado um desafio porque muito do conhecimento que temos sobre restauração vem de biomas florestais, que são ecossistemas muito diferentes das savanas do Cerrado. Ele já perdeu perto de 50% de sua área original e grande parte da vegetação remanescente se encontra degradada em algum nível. Embora o Cerrado seja a savana mais rica em espécies vegetais do mundo, ele ainda não conta com o mesmo prestígio das grandes florestas, como a Amazônia, na mídia e no senso comum. As pessoas precisam entender que natureza é muito mais que meia dúzia de árvores plantadas, é um todo integrado. O que acontece num lugar tem impactos em regiões distantes. A universidade tem um papel importante no sentido de trazer essa conscientização, mas também de incentivar ações de pesquisa e extensão voltadas para essa temática, inclusive financeiramente. Iniciativas como a desse simpósio, levando a uma conscientização sobre a importância do Cerrado, são de grande importância nesse sentido.”

A discente Samara Marques também ressalta que “o Cerrado é extremamente peculiar e diverso, composto por características únicas. Tais devem ser consideradas e respeitadas ao iniciar a luta para a sua recuperação, visto que, além de possuir uma importância grandiosa ambiental, social e econômica, ele é um dos biomas mais ameaçados em nosso país. Precisamos, urgentemente, preservá-lo e conhecê-lo.” 

PET Bio 

A professora Ana Maria Bonetti, que ocupou a colocação de primeira tutora do grupo, foi a responsável pela criação do PET Biologia da UFU, em 1992. O projeto direcionado a estudantes de graduação em Biologia na universidade busca realizar atividades que acrescentem na formação acadêmica dos discentes e sejam condizentes com as necessidades do próprio curso. Agora, com a tutoria da professora Ariádine Cristine de Almeida do próprio instituto, o PET conta com 15 membros.

 

A imagem mostra o cronograma com a programação do evento

 

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Palavras-chave: Cerrado bioma simpósio meio ambiente Divulgação Científica Ciência

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