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Cultura

Últimos dias para visitação da exposição 'Orema Roiko Xe: Queremos Viver'

Mostra, realizada no Museu dos Povos Indígenas, vai até esta sexta-feira (8/12)

Publicado em 01/12/2023 às 12:17 - Atualizado em 08/12/2023 às 19:32

 

A exposição "Orema Roiko Xe: Queremos Viver" estará aberta à visitação até esta sexta-feira, dia 8. O motivo? O Museu dos Povos Indígenas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), local que abriga a exposição, estará de mudança para a Av. Duque de Caxias, em breve. Desta forma, esta é a última oportunidade para que você possa conhecer a XX Mostra Etnográfica. 

Esta iniciativa tem por objetivo reconstruir - por meio de fotos, depoimentos e imagens - parte da trajetória da relação entre os povos indígenas e o Estado Brasileiro. A mostra "Orema Roiko Xe", que em língua Guarani significa "Queremos viver", foi idealizada no final de 2019 e adiada em virtude da pandemia.

A coordenadora do museu, Lídia Meireles, resume assim aquele momento: "Nós estávamos no auge de toda sorte de atrocidades, de violência, de conflitos gerados a partir do governo federal sobre as populações indígenas, como ameaças, a não demarcação, o desrespeito aos direitos e o estímulo à invasão dos territórios indígenas". O evento foi, então, o resultado de ampla pesquisa desenvolvida com a participação dos bolsistas e a equipe do museu, tendo como propósito principal evidenciar essa situação dramática vivenciada pelos povos originários, ao longo de sua história de convivência com a sociedade envolvente, representada pelos órgãos oficiais. O recorte temporal da mostra tem como início o período da Ditadura Militar até o governo passado.

A exposição destaca, de acordo com Meireles, os episódios mais marcantes sobre a questão indígena brasileira. "Nós fizemos uma linha tempo com os fatos mais significativos, dessa relação entre os povos indígenas e o governo federal [...], Lideranças que foram assassinadas; enfim, uma série de questões que aconteceram no percurso dessa trajetória. No teto, por exemplo, você tem adesivados mais de 809 nomes de povos indígenas que foram extintos por meio do genocídio, por meio da miscigenação ou da inserção forçosa deles à comunhão nacional para se integrarem, para, enfim, deixarem de ser indígenas", destaca.

A coordenadora completa: "Esses são processos muito dolorosos que aconteceram na história do indigenismo brasileiro. Eu acho que deixar de ser indígena é uma forma de você perder os direitos, a sua condição étnica. Então, o território, por exemplo, é o primeiro deles. É isso que a exposição pretende; fazer uma reflexão pontual sobre essas questões que acompanham a história do indigenismo no Brasil."

Acredito que estas falas fortes da professora Lídia Meireles já o convenceram a visitar a exposição, que está terminando. Então, aqui vai o endereço: Av. Vitalino Rezende do Carmo, 116, Bairro Santa Maria, Uberlândia (MG). A visitação pode ocorrer de segunda a sexta, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h. Telefone para mais informações: (34) 3236-3707.

 

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Palavras-chave: Orema Roiko Xe: Queremos Viver

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