A nova diretoria da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (ADUFU- SS) assume com a intenção de valorizar a base e aumentar o canal de comunicação entre a entidade e seus associados. A professora Gislene Alves do Amaral, do curso de Educação Física, foi eleita para presidir o sindicato, que conta com cerca de 1.200 associados. Ela concedeu entrevista ao Jornal da UFU e falou sobre os direcionamentos da ADUFU para os próximos dois anos.     "ADUFU pela base" "Há a necessidade de revitalizar o espaço sindical como um espaço de aglutinação dos docentes em torno de questões, de luta comum. A partir desta conclusão é que nasceu o nome da chapa "ADUFU pela base". Não é a única preocupação, mas em torno dela gira as outras questões".   Número de associados "... um grupo articulado e numeroso traz um peso em momentos de mobilização. Temos sim a preocupação de filiação, mas sempre pensando que essa filiação nova é dentro do contexto de aproximação e do diálogo permanente".   Atuação "São cinco frentes de atuação: a política de comunicação, a formação sindical, cultura, finanças e de ação política".   Política de comunicação "Nós temos o informativo, já tradicional na ADUFU, que mantêm os professores, semanalmente, informados. Temos também a via da tecnologia, a internet e os espaços virtuais, além do espaço físico no local de trabalho. Nós queremos ampliar essas ferramentas".   "Na política de comunicação, a categoria vai manter-se atualizada naquilo que está sendo projetado, não no que já aconteceu".   Situação financeira "A ADUFU tem uma arrecadação mensal boa, considerável. É um sindicato que não tem problemas financeiros. É uma tranquilidade pra gente, mas também uma responsabilidade. Pois precisamos cada vez mais qualificar e utilizar os recursos a serviço do movimento docente, das ações políticas".   Liberdade de expressão "Não somos uma categoria homogênea, temos visões políticas diferentes na base. Essas visões precisam ter oportunidade de se expressarem e, a partir disso, qualificar o espaço de discussão e chegar a decisões comuns, consensuais ou, no limite, em decisões democraticamente definidas por voto".   Grupos de trabalho "Queremos estabelecer uma periodicidade das reuniões para que se possa, por exemplo, ter uma programação semestral. Além disso, nós temos os grupos de trabalho, a partir de temáticas importantes para sustentar as decisões políticas do sindicato. Um grupo discute a carreira docente, outro a formação sindical, as políticas educacionais".   Expansão da Universidade "Somos contra qualquer processo de expansão que precarize, ainda mais, as condições de vida do professor. Mas não somos contra expandir a Universidade, ampliar o número de vagas e democratizar o acesso".   Dedicação exclusiva "Defendo a manutenção do regime de dedicação exclusiva e, embora existam argumentos de que professores quebram a dedicação exclusiva, acredito que seja uma minoria e que a maioria não deve pagar por isso. Transformar o professor no horista vai, inclusive, ferir, atacar a qualidade do trabalho docente".   Educação a distância "Com um número de professores que você atenderia 500 alunos, você reduz isso (número de professores) em 1/3, 1/5 e atende o mesmo número de alunos. Dentro dessa lógica nós somos contra. Tem que pensar a ferramenta a serviço de um projeto de educação, que vai garantir a qualidade do trabalho".   Relação com outros sindicatos "Toda vez que uma categoria de trabalhadores é ofendida em seus direitos, a ADUFU tem que se posicionar publicamente, politicamente e quando necessário, fazer ações conjuntas que envolvam recursos da entidade. Mas isso deve ser discutido, em assembléia com deliberação da base".   ADUFU e Sintet "O que nós faremos é estabelecer um contato inicial. Uma relação mais próxima, porque é um sindicato de trabalhadores da mesma instituição a que nós pertencemos. Vamos procurar estreitar os laços e trabalhar no sentido de construir consensualmente uma ação conjunta com o Sintet".