Criado em 1977 como um banco de dados vinculado diretamente à Reitoria, o Centro de Pesquisas Econômico-Sociais (Cepes) é hoje reconhecido como referência na apuração de índices sociais e econômicos na região do Triângulo Mineiro. Como órgão complementar do Instituto de Economia e espaço de excelência de pesquisas econômicas, o Cepes é quem registra o quanto varia a inflação – o "dragão" – mensal em Uberlândia, sua atividade mais tradicional.   Formado por 11 economistas, uma secretária e nove técnicos de apoio, que se dividem nas gerências de estudos setoriais e de estudos populacionais, o Cepes realiza pesquisas econômico-sociais para prefeituras, órgãos públicos, entidades de classe e empresas diversas. O Centro também se dedica a pesquisas com perfil acadêmico, demandadas pelo Instituto de Economia.   Essas atividades de pesquisas são fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas. Em um trabalho desenvolvido recentemente, que envolveu o Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência (Compod) e o Ministério Público do Trabalho, o Cepes revelou o perfil das pessoas com deficiência física em Uberlândia. O levantamento das informações servirá para a elaboração de projetos de capacitação e de inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.   Desde o ano de 1979 o Cepes vem realizando, ininterruptamente, uma coleta sistemática de preços para a apuração do Índice de Preço ao Consumidor (IPC), para calcular a inflação no município de Uberlândia. Além deste índice, outros dados relevantes são detectados pela pesquisa, como o valor da cesta básica, a cesta de consumo familiar e o salário mínimo necessário.   Nestes 30 anos de coleta de preços, o trabalho sempre foi atualizado constantemente. "Porque o padrão de consumo da sociedade muda com o tempo", explica o economista Henrique Barros, que coordena o Cepes. Hoje são coletados quase 25 mil preços por mês na cidade de Uberlândia.   Um dos grandes desafios do Cepes, no entanto, é dar conta de atender a necessidade de expansão e conseguir a reposição dos servidores que estão prestes a se aposentar. "A gente tem a esperança de que sejam alocados novos membros", afirma Henrique. "A ideia é que o Cepes se consolide cada vez mais como centro de referência sobre o conhecimento regional", conclui.