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Arte ajuda a combater o estresse e a preservar o meio ambiente

Data de Publicação: 14/07/2009 - 08:41

Por Juliana Valéria

Objetos são confeccionados com material reciclável
Na Enfermaria de Clínica Médica do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) negativos de raio-x viram capas decoradas para blocos de anotações, papelões dão origem a porta-retratos ou são enfeitados com biscuit, caixa de medicamentos recebem decoração especial e viram caixas de presentes, a capa protetora do esparadrapo se transforma em porta-caneta e porta-clipe. É a arte como terapia para combater o estresse causado pelo ambiente hospitalar e como forma de preservar o meio ambiente.   A coordenadora de enfermagem da Clínica Médica e responsável pelo projeto, Maria Marta Zordan, explica que a ideia de confeccionar artesanato surgiu depois que alguns profissionais da Enfermaria participaram de um curso de arte promovido pelo Centro de Pesquisa e Educação Permanente em Enfermagem (Cepepe). "Pensamos em criar um projeto que auxiliasse no combate ao estresse vivido pelos profissionais do hospital". Atualmente, pacientes e acompanhantes também participam da iniciativa.   A diarista Aparecida Rodrigues da Silva, 61 anos, em tratamento no HC, aproveita o tempo para confeccionar borboletas, rosas e bonecas de crochê. Ela conta que foi convidada por uma funcionária para fazer trabalhos manuais, aceitou o convite e garante que a prática tem ajudado a passar o tempo. "Quando estou fazendo os trabalhos manuais me esqueço que estou em um hospital enfrentando um problema de saúde, penso que estou em casa", afirma.   Quem conhece a rotina de um hospital sabe que os profissionais dispõem de pouco tempo para se dedicar à arte, mas a equipe da Enfermaria se reveza para que todos possam participar sem comprometer o atendimento ao paciente. A auxiliar de enfermagem Roseli Soares Sabino aproveita o tempo livre para colocar sua criatividade em prática. "Considero muito bom este projeto, pois, além de aliviar o estresse, nos dá a oportunidade de aprender técnicas novas. Não imaginava que tinha habilidade para arte. Hoje sei que basta querer para aprender coisas novas e também para ensinar", relata.   O projeto possibilita também a troca de experiências entre profissionais, pacientes, acompanhantes e até voluntários, que não medem esforços para ensinar novas técnicas de artes. Em breve, um funcionário do Hemocentro irá ensinar como fazer cortinas utilizando tampas de frascos de medicamentos.   Bazar Criado há pouco mais de um ano, o projeto deu origem ao Bazar da Clínica Médica. Os artesanatos confeccionados são doados aos pacientes em datas comemorativas e vendidos no bazar que funciona na sala da chefia de Enfermagem. "O dinheiro arrecadado com a venda dos artesanatos é utilizado na compra de matérias-primas como massa, cola, tintas e lixas para a confecção de novos artesanatos", afirma Maria Marta Zordan.  

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