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Pesquisa aproxima UFU da comunidade
Pesquisa aproxima UFU da comunidade
Data de Publicação: 14/10/2009 - 07:16
Por cristianoalves@dirco.ufu.br
Estudantes de escolas estaduais, do ensino médio, participam de projetos de iniciação científica
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) abre caminhos para os estudantes do ensino médio iniciarem os estudos no campo da pesquisa científica. O Programa de Bolsas Institucionais de Iniciação Científica Júnior (PBIICJ) da UFU ofereceu, neste ano, 30 bolsas para estudantes do ensino médio, que recebem orientação de professores da Universidade em diversos trabalhos de extensão. São 25 estudantes de Uberlândia e cinco de Ituiutaba, envolvidos em 20 projetos de diversas áreas do conhecimento: Ciências Biológicas, Exatas e da Terra, Saúde, Sociais Aplicadas, Humanas, Engenharias e Linguística, Letras e Artes. São sete escolas estaduais envolvidas, sendo cinco de Uberlândia e duas de Ituiutaba. A bolsa tem duração de 12 meses e, como ajuda de custo, o aluno recebe mensalmente R$ 100. O programa tem o objetivo de estimular os estudantes do ensino médio à prática de pesquisa e ao desenvolvimento do senso crítico, além de estimular a interação entre os pesquisadores da UFU com a comunidade. O professor do Instituto de Filosofia José Benedito de Almeida Júnior, orientador do projeto A ética no cotidiano escolar: direitos humanos e tolerância, acredita que o programa abre uma oportunidade que antes parecia inacessível a muitos estudantes das escolas públicas. “Contribui para desmistificar o universo acadêmico como algo distante da realidade cotidiana”. No projeto que conduz com estudantes do ensino médio, José Benedito pretende interagir com a realidade da Escola Estadual Mário Porto, onde suas orientandas estudam. “Estamos construindo um texto e um projeto para a escola”, explica. Mayanne Santos da Conceição, estudante do segundo ano do ensino médio, participa do projeto e explica que o contato com a universidade e a temática do trabalho que está desenvolvendo (ética e tolerância) alterou o seu cotidiano. “Mudei o modo de agir com as pessoas”. Como trabalho de conclusão do projeto, a estudante irá escrever um artigo científico e apresentar o resultado das pesquisas em evento que será realizado na escola onde estuda, em novembro. Será a primeira experiência de Mayanne em produção científica. “É uma boa oportunidade de ganhar experiência, ter contato com professores da universidade e abrir a mente”, destaca. O professor José Benedito aponta outra qualidade do programa: a formação dos estudantes. “Estimula a autonomia, pois o aluno começa a trabalhar não em função da nota, mas para a produção de um resultado”. O processo de seleção das escolas é realizado pela Superintendência de Ensino, que indica as escolas selecionadas e os alunos que concorrem às bolsas de estudo. O próximo edital para escolha de novos bolsistas será publicado em 2010. O programa teve sua primeira etapa no ano passado; no entanto, o número de bolsistas era menor: apenas 10 alunos.
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