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Instituto de Ciências Agrárias é referência no estudo do silício

Data de Publicação: 21/12/2009 - 16:20

Por elianemoreira@dirco.ufu.br

Laboratório de Fertilizantes atende produtores, empresas, instituições de pesquisa e o Ministério da Agricultura
Você sabia que o curso de Agronomia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) possui o único laboratório, autorizado pelo Ministério da Agricultura, para fazer o “teste da incubação”, exigido para a emissão de registro de fertilizante que contém silício (Si)? Sem o registro, o fabricante fica impossibilitado de comercializar o produto.   O Laboratório de Análise de silício em solos, plantas e fertilizantes foi criado em 1996, com recursos da Fundação Banco do Brasil, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais  (Fapemig) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Foi o primeiro Laboratório, instalado no Brasil com a finalidade de fazer análise de silício em solo, folhas e fertilizantes. A ideia partiu do professor Gaspar Henrique Korndorfer, que ministra a disciplina  adubos e adubação do Instituto de Ciências Agrárias da UFU, após fazer doutorado nos Estados Unidos, ocasião em que participou de um grupo especializado no estudo do silício na agricultura, na Universidade da Flórida, nos anos de 1993 a 1994 e 1998 a 1999.   O princípio geral da pesquisa do Instituto de Ciências Agrárias se baseia no fato de que algumas espécies de plantas, quando bem nutridas com silício, aumentam a resistência  da parede celular e diminuem a perda de água por transpiração, durante o período seco, aumentando a tolerância às pragas  e doenças.   O Laboratório é referência nacional e internacional, “todas as metodologias utilizadas no Brasil para análise de solo, plantas e fertilizantes saíram daqui”, justifica Korndorfer. Atualmente, o laboratório vem desenvolvendo metodologias para a análise de silício em fertilizantes, em parceria com os Estados Unidos. “Na verdade, nos Estados Unidos não existe metodologia adequada e nós estamos desenvolvendo uma para que o país possa comercializar e registrar fertilizantes contendo Si”, ressalta o professor.   O laboratório, que conta com a colaboração de cerca de vinte estudantes e diversos professores, atende produtores, indústrias de fertilizantes, Ministério da Agricultura e instituições de pesquisas, como universidades e a Embrapa. Além disso, mantém programa de cooperação científica com a Universidade Estadual Paulista-Unesp de Botucatu, Unesp de Jaboticabal, Universidade da Flórida e Universidade da Louisiana. “As partes agronômicas das pesquisas são desenvolvidas nas instituições e a UFU fica responsável pela parte analítica”, explica Gaspar.   O Instituto de Ciências Agrárias desenvolve, também, pesquisas com o uso do silício na agricultura. “O Si é um elemento absorvido em grande quantidade pelas culturas, especialmente as gramíneas, como arroz, além da cana-de-açúcar e milho. Ajuda no controle de pragas e doenças, diminuindo o uso de pesticidas e o impacto no meio ambiente”, explica Gaspar.  

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