Pular para o conteúdo principal

Animais silvestres recebem atendimento especializado no Hospital Veterinário

Data de Publicação: 26/07/2010 - 14:32

Por portal.dirco

Número de atendimentos cresceu mais de 50% em um ano
Um tamanduá do sexo feminino foi capturado numa rodovia próxima a Uberlândia, vítima de atropelamento ele teve fratura exposta. O acidente levou o animal a uma cirurgia e, posteriormente, a amputação da perna. O procedimento foi realizado no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (HV-UFU), único na região especializado no atendimento por meio do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Animais Silvestres. Os animais silvestres ocupam a segunda colocação no atendimento do HV-UFU, perdendo apenas para os caninos. Em 2009, foram 779 registros, um número 53% maior que o do mesmo período de 2008. Os dados são reflexos de um grande impacto ambiental. “Estes animais saem à procura de alimentos ou de um novo habitat para se instalarem. Além disto, hoje, a população tem grande consciência preservacionista. Muitas pessoas, ao encontrarem animais machucados, prestam socorro e os encaminham para a recuperação”, comenta o Diretor Executivo do HV, Amado Júnior. O veterinário André Quagliatto explica sobre a fragmentação do ambiente natural. A população silvestre, presente nas áreas de reservas das fazendas, tem a necessidade de se deslocarem. Como não existe o chamado corredor de dispersão para que possam andar somente em ambientes naturais, eles enfrentam estradas e concentrações urbanas. “Aí está estabelecido o conflito, porque são atropelados ou sofrem outros tipos de retaliações”. Depois de receberem atendimento e serem reabilitados, os animais são avaliados pela sua condição. “Alguns são reintroduzidos na natureza, outros vão para reservatórios, criatórios conservacionistas ou para zoológicos”, explica Amanda Andréia, secretária do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).   Especialista alerta para o risco de transmissão de doenças André Quagliato comenta que muitas pessoas têm animais silvestres por vaidade, mas se esquecem da própria saúde. “É evidente que elas tomam cuidados, mas pouco se sabe sobre as proporções destas transmissões. A certeza é que oferecem perigo”. Em outros casos, alimentam os animais soltos na natureza e, depois, apedrejam e retaliam quando estes invadem as casas ou se aproximam. “Devemos tratar os animais com dignidade, mas como animais, não é necessário desvirtuar a atenção que eles merecem e suas reais necessidades. O ideal é deixá-los soltos, livres na natureza, não dar alimentos, evitar o contato direto e, em especial, não interferir em seus cotidianos”, recomenda Quagliato.      

A11y