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Ex-aluna da UFU participa de pesquisa para tratamento de lesões na medula

Data de Publicação: 27/05/2011 - 05:58

Por Marco Cavalcanti

Testes em humanos só dependem de aprovação em comissão de ética em pesquisa
  Estudos realizados no Laboratório de Biologia da Matriz Extracelular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com participação da ex-aluna da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Karla Menezes, são a esperança para o tratamento de pessoas com lesões graves na coluna. A pesquisa, desenvolvida há cinco anos, foi bem-sucedida em ratos. Nesta semana, um protocolo contendo todas as informações de como a pesquisa clínica deverá ser desenvolvida em humanos será enviado à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), em Brasília. A análise da comissão deve durar cerca de nove meses. A técnica consiste em injetar na medula espinhal lesionada a proteína laminina, encontrada em tecidos do corpo humano, nos músculos, vasos sanguíneos e na placenta. O tratamento diminui a inflamação no tecido e estimula a regeneração das células do sistema nervoso (neurônios), presentes na medula espinhal e responsáveis pela condução dos impulsos que saem do encéfalo e vão para os músculos e órgãos. A proteína foi utilizada em diferentes modelos de lesão, desde uma simples compressão até um modelo mais grave, no qual toda a medula espinhal foi seccionada. Conforme explica Karla Menezes, em todos os modelos de lesão os animais tratados obtiveram uma recuperação 100% maior do que aquela observada nos animais que não receberam tratamento. Além dos benefícios terapêuticos, o uso da laminina para lesões raquimedulares tem um baixo custo, é de fácil armazenamento (ela pode ser estocada em um freezer normal) e aplicação na medula espinhal (é necessário uma única injeção), não promove rejeição e ainda pode ser combinada futuramente com outros tipos de tratamentos, como por exemplo, os que utilizam célula-tronco. Karla Menezes se graduou na UFU em Enfermagem e em Biologia. Está na UFRJ desde a fase inicial das pesquisas, quando começou o mestrado. Hoje, no penúltimo ano do doutorado, integra a equipe multidisciplinar que desenvolve novas pesquisas.   

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