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Helena Manzan, ex-aluna da UFU, participa da Bienal de Veneza

Data de Publicação: 01/06/2011 - 05:10

Por portal.dirco

Ela é a única brasileira que vai participar do evento; a artista vai expor três obras da sua produção “Energia Animal”, fruto de pesquisa desenvolvida em parceria com a UFU
A artista plástica uberlandense, Helena Manzan, graduada em artes visuais pela UFU, que há 10 anos reside na Itália, irá participar da 54ª Bienal de Veneza 2011, de 04 de junho a 27 de novembro, intitulada “Iluminações”. Manzan foi escolhida pela Comissão de Estudos da Bienal, coordenada por Vittorio Sgarbi, diretor do Pavilhão Itália, por meio de uma criteriosa seleção referente à produção artística entre 2001 e 2011. Este ano, em comemoração ao 150º aniversário da unificação da Itália, a Bienal - que é a maior e mais tradicional mostra de arte contemporânea do mundo - irá estender o Pavilhão Italiano em cada capital regional ou grandes cidades de prestígio artístico, com o objetivo de documentar a qualidade das artes em todo o país. Manzan participa como artista italiana, representando a região de Molise, juntamente com outros artistas locais, na Iniciativa 150 Especial promovida pelo Pavilhão Italiano da 54ª da Bienal de Veneza, em mostra no MACI – Museo Art Contemporanea Isernia. Ela exibirá, de 08 de junho a 27 de novembro, três obras da série “Energia Animal”, fruto de uma pesquisa desenvolvida no rio Araguaia, na Amazônia, em parceria com o médico veterinário e pesquisador da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), André Quagliatto, e a Universidade de Molise. A obra “Fine dell’omertà (esmalte industrial sobre tela com muda de Jibóia – Amazônia – 200 X 170cm) será publicada no catálogo oficial da Bienal. Valorizar a UFU Participar desta mostra internacional de arte é “emocionante”, para Helena Manzan, que já mostrou suas obras na Bienal de Novosibirsk, na Sibéria, Rússia, em 2006, onde deverá expor, novamente, em 2012 e, possivelmente, na Bienal de São Paulo. “Ter minhas obras selecionadas para participar desta Bienal é algo grandioso para minha arte. Quando decidi apresentar a produção “Energia Animal” foi pensando em valorizar a UFU e retribuir tudo aquilo que a Universidade proporcionou à minha formação artística. Estou na mais importante bienal européia, a única artista brasileira na mostra, e tudo o que aprendi foi na UFU”, ressalta. Manzan estudou Artes Visuais na UFU, onde também trabalhou na área de programação visual durante dez anos. Ela reside em Castel San Vincenzo, região de montanhas e muito vento, e instalou seu estúdio num castelo medieval de propriedade de uma família de nobres, cedido pela Baronesa Tereza de Iorio. Para a produção de “Energia Animal”, Manzan estudou as formas, as cores e os movimentos de serpentes, jacarés, tartarugas, aranhas e outros animais, destacando detalhes muitas vezes imperceptíveis a outros olhares. Ela conseguiu, por exemplo, transpor para a tela em traços abstratos, o rodopio de um jacaré na captura de sua presa e as formas e cores de serpentes, imprimindo sua percepção do invisível, da desmaterialização e da reconstrução dos seus objetos de estudo e de inspiração. Helena Manzan é neta de italianos, da região de Veneto, e tem dupla cidadania. A artista já realizou exposições no Brasil (Uberlânia, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, entre outras), USA (Nova York), Inglaterra (Londres), Portugal (Lisboa), Rússia (Novosibirsk) e Alemanha. Entre outros espaços, suas obas podem ser encontradas no MACI-Museo Art Contemporanea Isernia (IS-Itália); Novosibirsk State of Art Museum (Rússia); Canning House Library (Londres-Inglaterra); Pinacoteca Guglielmo Marconi (Taranto-Itália); Museo Internazionale della Musa-Scontrone (AQ-Itália); Chiesa San Martino-Castel San Vincenzo (MO-Itália); Museo della Fauna Appenninica (MO-Itália); Club Alpino Italiano (IS-Itália); e Prefeitura Municipal de Santa Vitória (MG-Brasil). Texto: Ana Guaranys

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