Suponhamos que um professor de uma instituição de ensino esteja desenvolvendo uma pesquisa sobre nanotecnologia. Ao se deparar com alguma dificuldade, descobre que em outra universidade existe um pesquisador da área que poderá ajudá-lo na troca de informações e até na utilização da infraestrutura dos laboratórios, promovendo avanços na pesquisa que está desenvolvendo e ocasionando aumento substancial na produção científica, bem como no desenvolvimento tecnológico e inovação. Este é um dos propósitos da Rede Mineira de Química (RQ-MG), formada por 12 Instituições de Ensino Superior do Estado de Minas Gerais, entre elas a Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A Rede foi oficialmente criada durante reunião realizada na Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), em novembro de 2009, com a presença de representantes de todas as onze Universidades Federais do Estado de Minas Gerais. “A proposta é desenvolver a pesquisa e integrá-la no Estado de Minas Gerais. Esta integração irá refletir na sociedade, no desenvolvimento de novas tecnologias e na geração de empregos”, ressalta João Marcos Madurro, professor do Instituto de Química da UFU. Em abril deste ano, a Rede, credenciada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), recebeu recursos na ordem de R$ 700 mil. “Com o credenciamento, as primeiras atividades da Rede Mineira já começam a ser desenvolvidas”, comemora o professor. O primeiro passo é fazer um mapeamento das instituições que participam da Rede, conhecendo o que cada uma delas oferece na área de Química. No início do mês, uma comissão visitou a Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), fato que deverá se repetir nas demais Instituições. “Queremos conhecer os recursos disponíveis, como equipamentos e know-how para propormos intercâmbios e trabalharmos em conjunto, utilizando todas as potencialidades”, destaca Madurro. Após o mapeamento das instituições que integram a Rede, a proposta é descobrir o que falta, solicitar equipamentos que sejam úteis para pesquisas, que beneficiem a comunidade e buscar a manutenção destes equipamentos. “Vamos galgar estas três etapas, de forma bem planejada. Entendemos que se o todo cresce, vamos crescer também. Esse é o espírito da Rede”, reforça o professor. A Rede é gerida por um Comitê Geral formado por representantes de todas as Instituições que a compõem, sendo coordenada pelo professor Wagner Batista de Almeida (Departamento de Química/UFMG) e conta atualmente com 100 pesquisadores, a maioria bolsistas de produtividade em pesquisa do CNPq. A Rede Mineira de Química contempla todas as subáreas de Química, entre elas: Biotecnologia, Energia, Fármacos e Química Medicinal, Materiais Avançados, Mineração, Nanotecnologia e Química Ambiental.  Ano Internacional da Química O avanço das atividades da Rede Mineira de Química coincide com o ano em que a Organização das Nações Unidas (ONU)  proclama como o “Ano Internacional da Química”, sob o tema “Química - a nossa vida, o nosso futuro”. O ano de 2011 marca também o centenário do Prêmio Nobel de Química, atribuído a Marie Curie, em reconhecimento da sua descoberta dos elementos rádio e polônio, motivando uma celebração pela contribuição das mulheres à ciência. Composição da Rede Mineira de Química Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Lavras (UFL), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Universidade Estadual de Montes Claro (Unimontes).