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Cepes/UFU divulga pesquisa sobre inflação em Uberlândia

Data de Publicação: 12/12/2012 - 09:42

Por Mariana

Reajuste de preços é o maior em nove anos
Desde 2004, o trabalhador uberlandense não sente um peso tão grande no bolso, por causa da inflação.  Esta é uma das conclusões do Boletim de Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado agora há pouco pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômico-Socias da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU). A pesquisa referente ao mês de novembro contabiliza uma inflação de 0,32%. No acumulado do ano, a soma é 6,15% - considerando que, em 2011, o índice foi de 5%, o salto é considerável. Os grupos que mais contribuíram para este resultado foram: alimentação/bebidas e habitação. Juntos, eles representam quase 70% dos reajustes. Os itens com maiores altas de preços foram: aves e ovos; cereais e leguminosas; e aluguéis e taxas. Na avaliação do economista Carlos Diniz, responsável pelo estudo, o resultado do mês de novembro é pontual e localizado. “Pontual porque há um reflexo da lei da oferta e procura, mas há também a questão da safra americana de soja e milho influenciando diretamente no aumento dos preços das rações que, por sua vez, faz aumentar o preço das carnes. Localizado porque, no caso dos aluguéis, trata-se de uma correção planejada que tem como referência o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM)”. Para dezembro, o Cepes considera o índice tradicional de 0,30% e, se assim for, 2012 pode alcançar a marca inflacionária de 6,5%. A previsão era fechar o ano com índice de 5%.  Ainda conforme informações do Cepes, desde 2004 não é registrada na cidade uma inflação acima de 6%.  Naquele ano, o acumulado foi de 7,34%. Com relação à expectativa para 2013, Carlos Diniz acredita que não há possibilidades de recuo desta média de 6%, sem uma intervenção severa por parte do governo. Cesta básica e salários No Boletim do IPC, o Cepes analisa ainda as variáveis cesta básica, salário-mínimo e salário necessário. Contraditoriamente ao resultado da inflação em novembro, o valor da cesta básica, neste mesmo período, reduziu 0,5%. Passou de R$ 266,29 para R$ 264,96. Os produtos que mais colaboraram nesta redução de preços foram: tomate (-5,49%), batata (-4,78%) e banana (-1,41%). Considerando o salário-mínimo vigente, o estudo do Cepes comprova que seria necessário usar quase metade (46,30%) do valor em alimentação. Sobre salário-mínimo necessário, para os uberlandenses, considerando uma família de 02 adultos e 02 crianças, o Cepes calcula o valor de R$ 2.606,62. Assim sendo, o valor determinado pelo Governo Federal para o salário-mínimo líquido (R$ 587,91) corresponde a apenas 21,95% do que o Cepes considera ideal. Amostra da pesquisa Para o Boletim do mês de novembro, foram comparados 29.412 preços de 456 produtos e serviços, em 537 estabelecimentos. Para acessar a pesquisa, clique aqui. 

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