O Centro de Estudos e Pesquisas Econômico-sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU) divulgou, na sexta-feira (15), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) referente ao mês de janeiro, em Uberlândia. A inflação do período foi de 1,68%, a maior em 116 meses. O índice acumulado nos últimos 12 meses é de 6,61%. Contribuíram, de forma mais significativa para este aumento, os grupos: Transporte (45,22%), Alimentação e Bebidas (18,84%), Despesas Pessoais (15,29%) e Habitação (11,51). A situação é ainda mais crítica quando considerado o índice de reajuste para os 14 produtos que compõem a Cesta Básica. Neste caso, o reajuste no mês foi de 4,94% e o acumulado de 12 meses, 9,54%. “O fato é que o reajuste que o Governo Federal concedeu para o salário mínimo, de 9%, foi corroído logo no primeiro mês do ano. Para as classes de menor renda a situação é grave, com tendência a piorar ainda mais”, disse o economista Carlos Diniz, responsável pela pesquisa. Ainda de acordo com Diniz, a previsão até maio é de inflação acima de 6%. Somente depois de junho, mês sem reajustes impactantes programados para produtos e serviços públicos, a situação pode melhorar. Há 35 anos, a UFU é a única instituição de ensino do interior de Minas Gerais a prestar este serviço à comunidade. Especialmente para o estudo do mês de janeiro, foram coletados cerca de 29,5 mil preços de 456 produtos e serviços, em 537 pontos de vendas.