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Técnica contra câncer é tema de seminário

Data de Publicação: 08/03/2013 - 15:49

Por Marco Cavalcanti

Procedimento que tem como base a luz é utilizado para o diagnóstico da doença

 Marco Cavalcanti O Instituto de Física da UFU promoveu nesta sexta-feira, 8 de março, o seminário “Técnicas ópticas para o diagnóstico e tratamento de câncer”. Para abordar o tema, foi convidada a professora Cristina Kurachi, do Instituto de Física da Universidade Federal de São Paulo, em São Carlos (SP). A docente faz parte de um grupo de pesquisa que estuda a interação da luz com sistemas biológicos, o diagnóstico óptico e a terapia fotodinâmica, aplicados no tratamento de câncer e de tecidos infectados. As técnicas ópticas são não invasivas – que não “invadem” ou “penetram” o organismo - e podem ser utilizadas para auxiliar no diagnóstico de um câncer de pele, por exemplo.  “Iluminamos o tecido biológico com uma cor específica e, ao fazermos a análise dessa luz que está retornando do tecido biológico, temos condições de trazer informações adicionais se aquele tecido é um câncer ou se é um tecido normal”, explica Kurachi. Conforme afirma a pesquisadora, o grau de confiança do procedimento pode chegar a mais de 90%. Porém, a técnica não aposenta a biopsia. “Ela ainda não substitui a técnica convencional, que é coletar uma amostra do tecido, processar e olhar em um microscópio. Mas já traz uma informação para o clínico que está avaliando aquele paciente no consultório. E em tempo real”, observa. A técnica é essencial para iniciar os procedimentos de prevenção e de controle, diz a professora Andrea Antunes, coordenadora do curso de Física Médica da UFU. “Se você consegue detectar uma lesão cancerígena no início, é mais fácil o tratamento ou uma remoção desse tecido. As técnicas de diagnóstico óptico vêm atender a essa necessidade”, completa. O objetivo do seminário é permitir que os alunos compreendam como funciona a relação da radiação laser com a matéria. “A professora Cristina Kurachi trouxe o que tem de mais atual na área de diagnóstico óptico e de terapia fotodinâmica para os nossos alunos”, afirma Andrea Antunes.

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