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Impactos da tecnologia na sociedade é tema de evento na UFU

Data de Publicação: 06/06/2013 - 15:22

Por Marco Cavalcanti

Colóquio sobre a Filosofia da Tecnologia de Andrew Feenberg: Democracia, Racionalidade e Invenção será realizado de 10 a 12 de junho
Marco Cavalcanti De 10 a 12 deste mês será realizado na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) o Colóquio sobre a Filosofia da Tecnologia de Andrew Feenberg: Democracia, Racionalidade e Invenção. Nele, pesquisadores de diversas universidades vão debater a obra do professor Feenberg, reconhecido internacionalmente pelos seus estudos sobre os impactos da tecnologia na sociedade contemporânea. As palestras de representantes da UFU, UFMG, USP, Universidade Federal do ABC e PUC (PR) acontecerão nos blocos 5R, 3Q e 3D, no Campus Santa Mônica. A abertura oficial será às 19 horas do dia 10/6, no anfiteatro do bloco 3Q. No entanto, já a partir das 9h30 será feita a apresentação do Colóquio, no auditório C do bloco 5R. O ponto alto do evento será a conferência de Andrew Feenberg, que atua na Simon Fraser University (Vancouver, Canadá). Abordando a transformação dos designs tecnológicos, ela será realizada na noite do dia 11, às 19 horas, no anfiteatro do bloco 3Q. Veja a programação completa clicando aqui. O evento é organizado pelo Núcleo de Estudos do Pensamento Contemporâneo (NEPC-UFMG), pelo Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (IEAT-UFMG), pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP), pela Associação Filosófica Scientiae Studia, pelo Núcleo de Pesquisa do Pensamento Contemporâneo (NUPPEC-UFU) e pela Fapemig (Projeto “Biotecnologias e regulações”). O colóquio é apoiado pelo Instituto de Filosofia e programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFU.   Andrew Feenberg   Ex-aluno de Marcuse, desenvolve pesquisa sobre os impactos da tecnologia na sociedade contemporânea. Ele discute várias questões relativas ao fazer científico e tecnológico inserindo a variante política nessa abordagem, o que é algo novo e interessante. Feenberg argumenta que a vida pública envolve escolhas sobre o que significa ser humano. E que hoje estas escolhas são crescentemente mediadas pelas decisões técnicas: “O que os seres humanos são e o que eles serão é decidido tanto na configuração das ferramentas quanto na ação dos estadistas e dos movimentos políticos”. Por isso propõe o que chama de política democrática da tecnologia como alternativa que poderia superar a relação destrutiva da industrialização moderna. Para ele, as características de um artefato não explicam o seu sucesso, já que há sempre alternativas que poderiam ter sido desenvolvidas no lugar da eficácia do artefato. O que caracteriza um objeto técnico não é a eficiência como propriedade intrínseca, mas sua relação com o ambiente em geral. Temas como a democratização da tecnologia, da sua reinvenção e transformação via design e o problema da relação entre racionalização e modernidade são cruciais para Feenberg.

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