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Estudante da UFU é semifinalista do Prêmio Jovens Inspiradores

Data de Publicação: 26/09/2013 - 08:30

Por elianemoreira@dirco.ufu.br

João Gabriel Alkmim criou aplicativo que moderniza o sistema de ensino
Renata Neiva Imagine uma escola sem papel. Um lugar em que apostilas, provas, tarefas, registro de presença e comunicados passam a ser incorporados por um software, em um ambiente virtual totalmente seguro. A escola do futuro já é possível. Quem garante é João Gabriel Alkmim, de 18 anos, estudante do segundo período do curso de Administração da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Ele é um dos 25 semifinalistas do Prêmio Jovens Inspiradores, organizado pela Fundação Estudar, uma instituição sem fins lucrativos que apoia a formação de jovens brasileiros de alto potencial que inspiram e contribuem para transformar o Brasil. O prêmio contou com 16.737 candidatos de todo o País, com idade entre 16 e 34 anos que cursaram ou ainda cursam instituições de nível superior. Alkmim, o mais jovem dos 25 semifinalistas, apresentou o aplicativo ECCOlógica, que tem como objetivo modernizar o sistema de ensino, levando mais interação e dinamismo para as salas de aula. O ECCOlógica é uma plataforma que reúne professores, alunos e administradores. O software funciona como uma central escolar. Com o aplicativo, toda a rotina pode ser realizada por meio de tablets. Quando o professor inicia a aula on line, os estudantes se conectam e recebem automaticamente o registro de presença e o material didático. Tudo passa pelo programa, desde a realização de tarefas às aplicações de provas. O aplicativo também oferece o recurso da escrita cursiva. E os pais podem ficar despreocupados. O ECCOlógica é capaz de denunciar quem tentar escapar da aula para participar de jogos ou de redes sociais. Na hora da “fuga”, o software emite uma notificação ao professor. João Gabriel enumera as vantagens da adoção da ferramenta nas salas de aula. A utilização de tecnologia avançada significa dinamismo, rapidez nos processos e redução de custos com impressão de material. Além disso, o software pode sinalizar o fim das pesadas mochilas. O programa foi idealizado pelo estudante e desenvolvido pela empresa Ética Soluções com apoio do Sebraetec. Prêmio Jovens Inspiradores Em outubro, os semifinalistas participarão da Oficina Jovens Inspiradores, em São Paulo. Estão programados testes de raciocínio, palestras, entrevistas e dinâmicas de grupo. A comissão julgadora escolherá, então, os dez finalistas. Em dezembro, em cerimônia também na capital paulista, os finalistas apresentarão seus projetos para impactar o Brasil. Três deles serão escolhidos os grandes vencedores e receberão bolsas de estudos no exterior e um ano de orientação com profissionais brasileiros renomados. Empreendedor A ideia de desenvolver o ECCOlógica surgiu quando João Gabriel tinha 15 anos de idade. O estudante começou a perceber que a tecnologia avançava rapidamente para o setor de entretenimento, mas que o mesmo não ocorria na área da educação. “Algumas escolas ofereciam apenas projetores nas salas de aula”, observou. “E mesmo quando distribuíam o tablet, não havia aplicativo, ou seja, o aluno continuava a carregar apostilas, livros, cadernos”, disse. Espírito empreendedor marca o perfil de João Gabriel. Ele afirma que aos 10 anos de idade já sabia que queria ser empresário. Nessa época, começou a vender balas na escola. Aos 15 anos, montou um projeto de plantação de mogno com o dinheiro que ganhou para conhecer a Disney. O estudante já teve uma agência de turismo para jovens e uma empresa para lavar carros a seco. Ele conta que apenas uma vez pediu dinheiro ao pai para ir ao shopping e confessa que sentiu muita vergonha. O software ECCOlógica deverá entrar em fase de testes em 2014. Mas a área da educação não é a única que está nos planos de João Gabriel. “A minha missão pessoal é  aproveitar a tecnologia para transformar ou melhorar a vida das pessoas, se é por meio da educação ainda não sei. O que eu acredito é que o que você faz para uma pessoa você faz para um bilhão. Se eu gastar meu tempo desenvolvendo uma empresa que vai ser boa para a minha cidade, eu posso também investir meu tempo na criação de um software que vai ser bom para o mundo e ajudar muitas pessoas”, adianta. E como ter foco na missão com apenas 18 anos de idade? João Gabriel acaba de voltar da Índia, onde ficou recolhido em busca de autoconhecimento. É assim que mantém a “mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”.

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