Renata Neiva O técnico Cláudio Scarparo Silva, estudante do 6º período de História na Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (Facip/UFU), é um dos autores do artigo The archeological and architectonic heritage management of Ituiutaba District, Minas Gerais State, Brazil, que foi publicado recentemente em Buenos Aires, no volume I dos Cadernos do Instituto Nacional de Antropologia e Pensamentos Latino-Americanos. O artigo sobre o patrimônio cultural arquitetônico e arqueológico de Ituiutaba foi redigido em coautoria com a arqueóloga Cecília Perez Winter e com o diretor do Museu Antropológico de Ituiutaba, Luciano Barbosa. Segundo Scarparo, no artigo são apresentadas diferentes estratégias aplicadas para a preservação do patrimônio, especificamente arqueológico e arquitetônico. Atualmente, foram registrados três bens arquitetônicos e levantados 35 sítios arqueológicos. Ele explica que o levantamento, tombamento, pesquisa e divulgação do Patrimônio Cultural de Ituiutaba permitirão criar um plano de manejo de recursos culturais do município, capaz de melhorar e sistematizar medidas de proteção e conservação. Scarparo lembra que a gestão do Patrimônio Cultural de Ituiutaba começou em 1998 com a realização de tombamentos de bens culturais e arquitetônicos, como a Casa da Cultura, Selaria do Capitão, Ponte Raul Soares e a Escola Estadual João Pinheiro. A partir de 2005, foram identificados vários sítios arqueológicos. Em 2009, a Fundação Cultural realizou um diagnóstico arqueológico identificando mais de 30 sítios. Scarparo defende a criação de um Laboratório de Arqueologia na UFU. “Precisamos ter um espaço adequado para nossos materiais, que são importantes fontes históricas”, argumenta. Durante os trabalhos de campo realizados pelos alunos de História da Facip, sob a coordenação do professor Aurelino Ferreira, foram encontrados materiais, como cacos de panelas de cerâmica e machadinhas de pedra. “A instalação de um laboratório na Universidade vai estimular as pesquisas sobre o Patrimônio Cultural local e regional, o que contribui para a valorização dos nosso bens culturais”, afirma Scarparo.