Diélen Borges O Centro de Incubação de Empreendimentos Populares Solidários (Cieps) da UFU e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho da Prefeitura Municipal de Uberlândia (PMU) ampliaram a parceria nos processos de incubação de empreendimentos econômicos solidários na perspectiva da extensão universitária no município e na região do Triângulo Mineiro. O novo contrato, assinado no último dia 23 de janeiro, estende até 2015 o projeto lançado no ano passado. O projeto, sob a coordenação geral da professora Cristiane Betanho e a coordenação técnica do professor Gabriel Humberto Muñoz Palafox, garante às famílias beneficiadas pelos programas desenvolvidos pelo Cieps a inserção no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). É financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (SECIS), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O Cieps incuba empreendimentos populares de Uberlândia e região relacionados a segmentos da população em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O objetivo é viabilizar a geração de trabalho, renda e conquista de direitos sociais por meio de Economia Popular Solidária (EPS). De acordo com Palafox, o projeto foi concebido em 2013 a partir da identificação de que famílias com renda de até três salários mínimos deveriam estar obrigatoriamente cadastradas no CadÚnico para poder acessar direitos e benefícios sociais do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). “Como resultado de uma pesquisa preliminar foi constatado que pelo menos 700 famílias de baixa renda localizadas no município de Uberlândia, além de desconhecer os seus direitos sociais e os programas de benefícios sociais dos governos federal e municipal, não estariam cadastradas no CadÚnico”, explica Palafox. Até o momento, segundo o coordenador, o projeto viabilizou o conhecimento da situação real das famílias localizadas nos projetos de assentamentos da área rural de Uberlândia. Outros resultados foram a ampliação do acesso ao programa bolsa família por parte destas famílias, a busca dos equipamentos sociais por parte das famílias cadastradas para acessar aos programas e benefícios sociais a que têm direito e a possibilidade de acessar aos programas do Incra para ingressar nos programas destinados à agricultura familiar e camponesa. A partir de agora, com recursos do CNPq, o projeto visa a incluir 4 mil famílias das áreas rural e urbana em dois anos. Ao menos 10% dessa população deverá receber informação relacionada com a geração de trabalho e renda na perspectiva da EPS, além do conhecimento necessário para conhecer os programas e benefícios sociais do governo federal. A EPS é baseada nos princípios da promoção do cooperativismo, da autogestão, da solidariedade e do acesso a direitos sociais. Clique aqui e veja fotos do projeto (divulgação).