Como os alunos que ingressaram na Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (Facip/UFU) por meio do sistema de cotas (Lei 12.711, de 29 de agosto de 2012) se sentem representados pelas mídias de massa e quais os impactos disso nas suas vidas e, no desempenho de suas atividades acadêmicas? Obter elementos para responder a este questionamento é o objetivo geral de um projeto de ensino que está sendo desenvolvido pelas alunas do curso de Administração Bruna Rafaella e Tailane Carvalho, sob a orientação da professora Rejane Alexandrina Domingues Pereira do Prado.

Uma das etapas mais importantes deste levantamento será realizada no próximo dia 9 de dezembro, a partir das 19h, no Auditório I da Facip. Na ocasião, o professor Victor Manuel Barbosa Vicente – natural de Guiné Bissau, país africano – será o mediador da mesa redonda “Afrodescendentes e a Mídia. Ontem e Hoje: o que Mudou?”. Como debatedores, estarão presentes Renata Costa Silva Oliveira (pedagoga, especializada em Psicopedagogia e mestranda em Educação), Stênio Souza Marques (advogado e mestrando em Educação) e Bárbara Rufino de Carvalho (graduanda em História).   

De acordo com a professora Rejane, o bate-papo é voltado a toda a comunidade acadêmica da Facip e também está aberto à participação da sociedade de Ituiutaba e região. “Após o debate, que será filmado, compilaremos todas as informações e opiniões apresentadas pelos presentes no auditório. No próximo ano, faremos uma palestra para a divulgação dos resultados alcançados. Este novo evento ainda não tem data definida, mas provavelmente ocorrerá em abril”, informa.

Ainda conforme a coordenadora deste projeto, a intenção é gerar subsídios para o desenvolvimento de outras iniciativas na Universidade Federal de Uberlândia que contemplem Atividades Curriculares Concernentes à Educação das Relações Étnico-Raciais, bem como possíveis alterações nos Projetos Pedagógicos dos Cursos: “Infelizmente, o racismo é uma realidade ainda presente na nossa Instituição e uma das causas da evasão escolar. Daí a importância de ouvirmos os depoimentos dos cotistas e obtermos insumos para a criação de políticas internas de combate ao problema. Isto está previsto na Resolução 04/2014 do Conselho de Graduação da UFU.”