Publicado em 22/04/2016 às 12:37 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:11
'Do Tempo da Fantasia' integra a mostra 'Em Transformação', de Leandro Dário. (foto: Divulgação)
O Museu Universitário de Arte da UFU (MUnA) coloca em cartaz, a partir da próxima sexta-feira, 29/04, três novas exposições: "Anômade", "Em Transformação" e "Vanitas Mineralis". A visitação será gratuita e poderá ocorrer até 04/06, sendo nos seguintes horários: de segunda a quinta-feira, das 8h30 às 18h30h; sexta-feira, das 8h30 às 21h30h; e sábado, das 10h às 17h. Para agendamento de visitas de grupos, basta entrar em contato pelo e-mail educativo@muna.ufu.br. O MUnA está localizado na Praça Cícero Macedo, 309, Bairro Fundinho.
RESENHAS
Assinada pela artista Cláudia França, “Anômade” reúne elementos multiplicados, tornando o espaço expositivo lugar provisório para a organização de coleções pessoais, explicitando ações comuns no trato doméstico. As características dos materiais e objetos determinam a instabilidade de algumas composições. Além disso, também propiciam ao visitante a consciência do grau de interatividade com o trabalho, pois a instabilidade é indicativa de uma situação onírica. Mexer nos trabalhos e composições pode desestabilizar as frágeis composições. Elas podem não existir mais. Tal como um sonho que se esvanece em minutos, "Anômade" pode desorganizar-se, levando um tempo para que certa ordem se reestabeleça.
“Em Transformação” consiste na apresentação de trabalhos onde Leandro Dário exercita seu olhar sobre os sentimentos que pairam as descobertas humanas relacionadas à construção da identidade. Um registro de reflexões e situações advindas de uma existência em busca da desconstrução do gênero binário. Arte digital, desenho, bordado, fotografia, adesivo e tecido são elementos que fazem parte dos exercícios propostos com essa mostra. Por meio destas obras, o artista busca apresentar os caminhos nos quais se envereda sua pesquisa relacionada à "quebra do gênero" e às diferentes possibilidades de suporte que encontrou para trabalhar com o desenho, além dos exercícios com performance e fotografia e os pensamentos sobre as questões espaciais de apresentação e concepção dos seus trabalhos.
Já “Vanitas Mineralis”, do artista Arley Leite, é uma instalação, que consiste em uma bandeja de pedras preciosas dispostas em um arranjo singular. O brilho, a transparência e a grande variedade de cores e texturas das pedras criam um desfrute visual que reflete a efemeridade de momentos que oscilam entre um sorrir e um pesar. As pedras tendem a ser quase eternas; o homem pode mudar as características naturais desse material e mesmo assim sua essência se manterá em cada um dos diferentes minerais, nos milhares de anos de energia gastos na criação desse pedaço de pedra e na memória retida nas diferentes formas de cristalização de cada mineral. A escolha das pedras preciosas como material de expressão se deve justamente aos seus aspectos óbvios ligados às vaidades do poder e da carne e, paradoxalmente, por seu caráter duradouro e mutante - e que, apesar de sua dureza, submete-se também às transformações sugeridas pelo tempo.
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