Equipe de robótica da UFU representa Brasil em competição no Canadá

Competição de uma das modalidades, na edição 2017 da Robocup (Imagem: Gigazine.net)

A Equipe de Desenvolvimento em Robótica Móvel (Edrom), associada aos cursos da Faculdade de Engenharia Mecânica (Femec) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), desembarca nesta semana em Montreal, no Canadá, para competir na Robocup 2018, que acontece entre os dias 17 e 22 de junho.

A competição, organizada pela Robocup Federation, tem como objetivo promover avanços na robótica, embora inicialmente o objetivo tenha sido desenvolver equipes de robôs capazes de vencer partidas de futebol contra times humanos. A competição funciona como a Copa do Mundo de futebol: as equipes se enfrentam em grupos e as melhores colocadas seguem na competição até a final. Além do Brasil, a categoria “Team Size” conta com equipes da Índia, Indonésia, Irã, Canadá e Alemanha.

Robô desenvolvido pela Edrom (Foto: Arquivo pessoal)

A equipe é tutorada pelo professor Rogério Sales e começou a desenvolver seus trabalhos em 2009. Desde então, participa de várias competições envolvendo robôs humanoides e, inclusive, já foi premiada em edições passadas da Robocup. Os alunos se envolvem com todo o processo da produção, desde a parte mecânica, que dá sustentação ao robô, até a parte elétrica e de programação. Já o financiamento, atualmente, é feito a partir de patrocínios de empresas privadas e órgãos de fomento à pesquisa.

Dos 12 alunos voluntários envolvidos com o projeto, quatro foram selecionados para participarem da Robocup. Segundo Sales, somente os estudantes com mais tempo de participação ou maior integração foram escolhidos, pois falta de recursos para custear a viagem de todos.

A participação da universidade na Robocup “é uma excelente oportunidade para a divulgação da nossa marca, para internacionalização e mostrando pro mundo que estamos trabalhando com essa parte de tecnologia de ponta”, relata Sales.  Já para o aluno de Engenharia Mecatrônica, Jhonas Prado Moura, participar desse evento é uma grande oportunidade para entender como essas tecnologias são desenvolvidas em outros lugares do mundo. “Eles estudaram a vida inteira para aquilo e são os melhores do mundo nisso. Mesmo que a gente possa não ganhar, só de entrar em contato com essas pessoas eu posso ver que eu posso fazer o que eles fazem e no futuro eu posso fazer melhor”, conta Moura.

O estudante conta que participar do projeto fez com que ele tivesse maiores perspectivas para o futuro. “Eu quero muito continuar trabalhando no que eu faço aqui, quero muito desenvolver coisas novas nessa área e muitas coisas que possam ajudar a população". E completa: “antes eu até pensava que seria legal fazer isso, mas parecia uma coisa muito distante. A equipe me mostrou que eu posso fazer isso. É só ter uma oportunidade”.