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UFU promove curso profissionalizante para mulheres imigrantes ou em situação de vulnerabilidade socioeconômica

Projeto 'UAI – UFU Acolhe Imigrantes' tem início nesta quarta-feira (26/05) e vai durar sete meses. Formação em 'Higienista em Serviços de Saúde” vai beneficiar 300 alunas

Publicado em 24/05/2021 às 14:57 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:25

"UAI", a famosa expressão mineira, agora também é nome de projeto. E, como todo bom mineiro, a expressão vai abrigar acolhimento a mulheres imigrantes e em situação de vulnerabilidade socioeconômica. E você deve estar se perguntando: como? A partir desta quarta-feira (26/05), quando se dará a abertura do projeto "UAI – UFU Acolhe Imigrantes". Serão ofertadas capacitações profissionais para 300 mulheres imigrantes ou em situação de vulnerabilidade.

De acordo com a professora da Escola Técnica de Saúde da UFU (Estes/UFU) e coordenadora do UAI, Juliana Faquim, “é um projeto que se pauta em estratégias, nos eixos de qualificação profissional, promoção da equidade, combate à violência contra mulher e acesso à educação”.

A iniciativa surgiu de uma parceria da Estes e da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc/UFU) com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. “Foi pensado para mulheres, preferencialmente imigrantes ou  em situação de vulnerabilidade socioeconômica, residentes na microrregião de Uberlândia e está vinculado a dois Programas Institucionais de Extensão, o Programa Qualifica e o Programa UFU Mulher", comenta Faquim.

A coordenadora reforça que Uberlândia apresenta intensa e crescente atividade econômica e produtiva, sobretudo no setor de serviços, o que a torna uma cidade atrativa no cenário das migrações. Por isso, a escolha por mulheres imigrantes ou em situação de vulnerabilidade socioeconômica. “Em relação às mulheres imigrantes, elas chegam com grande dificuldade de inserção profissional e essa situação torna-se ainda mais agravante, nos casos sem qualificação profissional, com pouco entendimento da língua e sem integração social, o que pode potencializar as vulnerabilidades e a exclusão social”, destaca. Faquim chama a atenção, ainda, que “há poucos projetos que atendem às demandas específicas das imigrantes e viabilizem a superação das vulnerabilidades, por meio do acesso a bens e serviços públicos, o que potencializa os estigmas sociais, exclusão e preconceito”.

Professora Juliana Faquim, coordenadora do Projeto UAI. (Foto: Arquivo pessoal)

O UAI vai ofertar um curso profissionalizante em “Higienista em Serviços de Saúde” para 300 mulheres imigrantes ou em situação de vulnerabilidade socioeconômica.  Desta forma, as mulheres serão capacitadas para atuar em ambientes de saúde, realizando ações de limpeza e desinfecção, com a finalidade de evitar a disseminação de doenças infecto-contagiosas.

Ainda de acordo com a professora, “nesse curso, as mulheres terão, além da formação profissional específica de Higienista em Serviços de Saúde, disciplinas de Português para estrangeiros, noções de informática, empreendedorismo, mercado de trabalho e Rede de Assistência à Imigrante.

O curso terá a duração de quatro meses de aulas e outros três meses de "incubação", nos quais os tutores vão acompanhar as alunas, ajudando-as na identificação de possíveis oportunidades de trabalho, bem como na preparação de currículos para apoiá-las na inserção no mercado de trabalho.

Lançamento

O lançamento do projeto UAI será nesta quarta-feira, dia 26. A transmissão acontece pelo canal do Projeto UAI no YouTube, a partir das 20h. A programação constará de mesa de abertura, seguida da fala da secretária Nacional de Políticas para Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Rodrigues Britto; da coordenadora do projeto UAI, professora Juliana Faquim; e de estudantes do projeto. Na sequência, haverá a palestra "Do café dulce ao brigadeiro, e de volta al buñuelo: 2 décadas de vida em 3 receitas", que será ministrada pela professora Liliana Sanz De La Torre, do Instituto de Física da UFU, e que também é imigrante.

A seleção das alunas do projeto se deu por meio de um edital público. “Nós tivemos 1.191 inscrições e foram selecionadas 300 mulheres, sendo 215 brasileiras e 85 imigrantes dos seguintes países: Bangladesh, Benin, Burkina Faso, Sudão, Bolívia, Haiti e Venezuela”, informa Faquim. Todas as alunas selecionadas receberão um auxílio no valor de R$ 100,00 para ajudar com a despesa do acesso à internet, durante os quatro meses do curso. Também foi selecionada, via edital, a equipe para atuar no projeto, incluindo bolsistas monitores, tutores, secretária escolar, mediadora cultural e docentes em diversas áreas, totalizando cerca de 30 pessoas.

 

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Palavras-chave: Projeto Uai ESTES Higienista em Serviços de Saúde

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