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Campus Umuarama

TBT 2022: o início do ano de ouro marcado por premiação dupla

Em março deste ano, dois projetos da Escola Técnica de Saúde da UFU foram premiados no mesmo edital

Publicado em 14/12/2022 às 13:21 - Atualizado em 22/08/2023 às 20:20

Se receber uma premiação já é bom, imagina duas, no mesmo edital e abrindo um ano especial? Este foi o roteiro da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia (Estes/UFU) no início deste ano de 2022. A escola, que completou 50 anos de fundação no último dia 17 de outubro, teve a honra de ter dois trabalhos de extensão premiados no Prêmio Destaque de Atividades Extensionistas “Paulo Freire”, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Uberlândia (Proexc/UFU), em março.

A premiação tinha como base atividades extensionistas desenvolvidas em dois anos, 2019 e 2020. A Estes foi contemplada em cada um dos anos bases. Em 2019, o projeto premiado foi o “Plantando liberdade para além das grades: um projeto de hortas e jardins para mulheres encarceradas”, da professora Juliana Faquim; em 2020, foi o “Mobilização Social e Redes Locais no Monitoramento de Vetores, por meio de Ovitrampas, enquanto estratégias de promoção da saúde: possibilidades e desafios”, do professor João Carlos de Oliveira.

 

Plantando liberdade…

O projeto “Plantando liberdade para além das grades: um projeto de hortas e jardins para mulheres encarceradas” teve inspiração no programa Mulheres Mil, executado em um sistema de cooperação entre os governos brasileiro e canadense e operacionalizado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC). Este programa consiste em uma série de estratégias nos eixos de promoção da equidade, igualdade entre sexos, combate à violência contra mulher e acesso à educação.

Foto: Freepik

Na Estes, o Mulheres Mil foi proposto em parceria com a Proexc, com o objetivo de oferecer um curso de formação com noções de plantio, sistemas de cultivo, condições ambientais, cuidados com hortas, jardins e plantas aromáticas e medicinais para mulheres presas na Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga, em Uberlândia. Além dessa formação profissional, o projeto tinha uma previsão de trabalhar conteúdos relativos à promoção da equidade, igualdade entre sexos, ao combate à violência contra mulher, à saúde e direitos da mulher, à elevação da autoestima e empoderamento das mulheres por meio do acesso à educação.

“O projeto Mulheres Mil apresenta grande relevância social enquanto tem uma relação dialógica com a sociedade, especialmente com uma população historicamente excluída do sistema educacional e do mundo do trabalho e em condições de vulnerabilidade social e econômica”, afirma a professora Juliana Faquim, sua coordenadora. Ela ainda complementa: “Para as mulheres presas, o projeto representa uma oportunidade de acesso à Educação e qualificação profissional. Uma mulher que tem a oportunidade de passar pela escola, tem acesso à educação e à informação, além de ter aprendido, ela melhora a capacidade de compreensão e de discernimento sobre o que é melhor para ela, além de adquirir a consciência do que pode ser bom ou ruim para sua família, por exemplo.”

Para este ano, o projeto tomou novos rumos. Em 2022, ele teve como objetivo ofertar curso de capacitação profissional em Design de Sobrancelha para mulheres privadas de liberdade na Penitenciária Pimenta da Veiga, caracterizar o perfil e descrever suas percepções sobre as vivências dentro da prisão e expectativas de vida, além de rodas de conversa sobre direitos e saúde da mulher, inclusão digital, mapa da vida e empreendedorismo.

 

…Monitoramento de vetores

O projeto “Mobilização Social e Redes Locais no Monitoramento de Vetores, por meio de Ovitrampas, enquanto estratégias de promoção da saúde: possibilidades e desafios” acontece em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ele foi criado ainda no mestrado do professor João Carlos de Oliveira, em 2006, ficou ativo durante o doutorado e após 2010 passou a ser uma ação dentro da Estes.

Reunião de planejamento do projeto. Na imagem, encontro realizado antes da pandemia de covid-19. (Foto: Arquivo pessoal/João Carlos de Oliveira)

O professor explica como o projeto contribui com a formação dos participantes: “Em diferentes frentes, pois nos pautamos pela Educação Popular em Saúde, sendo essa de forma dialógica e que reconhece a importância das autorias e autonomias, de forma dialética e com possibilidades daquilo que preconiza a Extensão: a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, que aqui complementamos à 'Gestão', onde todos/as precisam entender a importância da 'coordenação' nos contextos da indissociabilidade, em que todos/as ensinam e aprendem. Todos/as são protagonistas.”

O projeto funciona com a participação de estudantes e professores do Campus Uberlândia do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM). Semanalmente, nas tardes de sexta-feira, eles se deslocam para o instituto para realizar verificação das ovitrampas, fazer a coleta das palhetas e conversas, denominadas de “Educação Popular em Saúde”, com pessoas que encontram nos procedimentos do monitoramento dos vetores. Paralelamente, também realizam algumas atividades de mobilização social em diferentes lugares, por meio de desenhos e/ou escritas, levando as lupas estereomicróspicas, ovos, larvas, pupas e mosquitos como forma de sensibilização, percepção e representação social sobre a Saúde Ambiental.

 

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Palavras-chave: ESTES PROEXC Prêmio

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