Publicado em 22/08/2014 às 12:53 - Atualizado em 09/06/2025 às 22:11
Por Carlos Gabriel Ferreira e Daniela Malagoli, (Estagiários de Graduação)
Desde quando 95 alunos se formaram pela antiga Escola de Medicina e Cirurgia de Uberlândia (EMECIU) em 1973, muitas mudanças já aconteceram na Faculdade de Medicina (Famed). Fundada oficialmente em 1966, foi apenas em 1976 que o espaço passou a integrar a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) para, então, em 1978, tornar-se um órgão federal. Atualmente, a faculdade conta com os cursos de graduação em Enfermagem, Medicina e Nutrição e também com a pós-graduação stricto sensu e lato sensu. A unidade é reconhecida por seu potencial de pesquisa e extensão.
O chefe de neurocirurgia do Hospital de Clínicas de Uberlândia e médico adjunto do departamento de cirurgia, Marcelo Chioato, formou-se na UFU ainda em 1986 e, logo após, especializou-se na Universidade de São Paulo (USP). Hoje, o professor é renomado internacionalmente por sua pesquisa interdisciplinar no campo acadêmico. “Como estamos envolvidos no meio universitário, é muito importante que você busque o aprimoramento de novas tecnologias para poder aplicar no nosso meio”, relata. Apesar do pouco fomento, Marcelo afirma que a pesquisa auxilia na formação social, profissional e ética de qualquer estudante.
Como destaca Chioato, é por meio das pesquisas que é possível vislumbrar o horizonte a ser caminhado no meio acadêmico, principalmente para os estudantes em formação. A UFU ainda governa nas linhas de pesquisa na área da Medicina, contudo, segundo Marcelo, “é preciso ainda mais investimentos do governo federal na área acadêmica para que possamos, então, alcançar o patamar desejado”.
O reitor Elmiro Resende coordena, no momento, uma das linhas de pesquisa da UFU que obtém reconhecimento nacional diante a aterosclerose e remodelação cardiovascular com ênfase nos processos regenerativos e na terapia celular. Em 2006, a UFU inaugurou, com a ajuda de Resende, o Centro de Telemedicina/Telessaúde (CT), um dos projetos desenvolvidos no Hospital das Clínicas (HC) que interliga instituições de ensino e pesquisa em nível nacional e internacional. Segundo o reitor, em entrevista recente para a revista Ciência&Tecnologia, "constituiu-se uma Rede entre os hospitais universitários, e por meio dessa Rede, projetos conjuntos de pesquisas foram desenvolvidos em diversas áreas".
No que diz respeito às contribuições do CT para a pesquisa, Resende explica que "a quantidade de pesquisa que pode ser gerada dentro da base de dados e na periferia dela é enorme; portanto, temos ainda muito a fazer". Segundo o reitor, pesquisadores de fora do país auxiliam e participam de estudos epidemiológicos. Para o médico e residente do quinto ano de Neurocirugia do HC da UFU, Leonardo Ferreira de Faria, a principal contribuição da pesquisa na área de medicina é "possibilitar o melhor entendimento do corpo humano, além de contribuir para o entendimento das doenças e do desenvolvimento de novas terapias". Ferreira acredita que "a pesquisa é também um instrumento de avaliação sobre as condutas e protocolos médicos utilizados atualmente".
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