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GESTÃO

Reitor fala sobre repasse de verbas do governo para UFU

Redução foi de 50% sobre investimentos e 10% sobre custeio de gastos

Publicado em 11/08/2015 às 16:56 - Atualizado em 09/06/2025 às 22:12

Reitor Elmiro Santos Resende (Foto: Gabriela Junqueira)

A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) teve redução de 50% da verba destinada a investimentos e de 10% da destinada ao custeio de gastos. A diminuição foi feita sobre o valor de R$ 1,4 bilhão liberado pela Lei Orçamentária Anual (LOA) e aconteceu devido ao contingenciamento feito por decreto presidencial no início deste ano. O reitor Elmiro Santos Resende explica como a redução de verbas tem afetado as principais áreas da universidade.

Graduação

Os atrasos das bolsas de assistência estudantil não têm relação com o contingenciamento. “A verba destinada para o pagamento de bolsa está preservada, ela é intacta. O problema foi o movimento de greve dos técnicos administrativos”, explica o reitor Elmiro Santos Resende.

Segundo a pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis da UFU, Dalva Maria de Oliveira Silva, as bolsas têm do dia 15 ao dia 25 de cada mês para serem depositadas na conta do estudante. Os atrasos que ocorreram nos meses de junho e julho não têm a ver com o contingenciamento de recursos, mas com a falta de assistentes sociais que realizam o acompanhamento dos bolsistas para verificar casos de afastamentos ou de formatura. Das cinco profissionais, apenas uma está em atividade devido à greve.

Leia mais: Bolsas de assistência estudantil estão garantidas na UFU

Pós-graduação

Uma das áreas que mais sentem os efeitos do menor repasse de verba é o da pós-graduação. O Programa de Apoio a Pós-Graduação (Proap) teve uma redução de 25% do que seria necessário para manter seu funcionamento normal. Com o contingenciamento, diminuíram o ritmo de pesquisas, a compra de equipamentos e materiais de consumo e a constituição de bancas.

Leia mais: Contingenciamento não afeta bolsas de pós-graduação, afirma pró-reitor, mas prejudica o custeio das pesquisas

Hospital de Clínicas

A falta de recursos do Hospital de Clínicas de Uberlândia (HCU/UFU) não está relacionada ao contingenciamento, mas à contratação dos serviços terceirizados. Conforme o reitor Elmiro Resende, o HCU “sobrevive” com repasses feitos à Unidade Gestora da Universidade Federal de Uberlândia (UG/UFU) e terceirização de serviços.

A UG/UFU recebe verbas do Ministério da Saúde e Ministério da Educação, pelo Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), e do estado, por meio do programa PRO-HOSP. Cada programa é responsável por 50% do repasse. Os serviços terceirizados não são fixos, ou seja, dependendo da produção pode-se diminuir a quantia de verba destinada.

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