Publicado em 29/10/2015 às 09:49 - Atualizado em 09/06/2025 às 22:12
Texto: Hermom Dourado
Foi realizada na noite dessa quarta-feira, 28/10, no Center Convention, a abertura do XIV Concurso Latino-Americano de Robótica (LARC) e da XIII Competição Brasileira de Robótica (CBR). Os eventos, promovidos em parceria pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), reúnem mais de 3 mil estudantes, incluindo mexicanos, peruanos, colombianos, uruguaios e representantes de todas as unidades federativas do Brasil. Até mesmo uma delegação japonesa foi convidada e está em Uberlândia para apresentar o seu projeto e participar da disputa, que prossegue até o próximo domingo, 01/11.
Coordenadora-geral do LARC, Carmen Faria Soares destaca o crescimento do interesse pelo evento. “A cada ano, a procura é maior. Algumas universidades começaram enviando apenas uma equipe para a competição e hoje estão trazendo quatro ou até cinco. É um evento que está incluído no calendário acadêmico das instituições e que vai definir os projetos que irão representar o Brasil na próxima RoboCup, em julho de 2016, na Alemanha”, sublinhou a professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
Em sua quinta edição, a Mostra Nacional de Robótica também está sendo realizada no Center Convention. Ao todo, houve a submissão de 226 trabalhos, frutos das pesquisas de mais de 1.300 autores matriculados em 419 instituições de ensino espalhadas por todo o País. Eles disputam um total de 70 bolsas de iniciação científica que serão concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MEC) para que estudantes do Ensino Fundamental, Médio, Técnico ou Superior possam dar continuidade aos seus projetos ao longo do ano.
Na avaliação do reitor em exercício, professor Eduardo Nunes Guimarães, a presença de equipes formadas por acadêmicos da UFU entre as 88 que se classificaram para a fase final da CBR – de um total de mais de 2.500 inscritas nas eliminatórias regionais –, evidencia a qualidade dos cursos de engenharia, ministrados na Instituição. “É motivo de muito orgulho para nós e comprova que estamos inseridos no mapa da pesquisa e da inovação. Além disso, estamos muito felizes por receber na nossa cidade jovens cientistas com tamanho potencial criativo e inventivo, que, sem dúvida, podem ajudar a transformar o Brasil no país desenvolvido que tanto almejamos”, frisou ele.
Time “da casa”
Reunindo 21 alunos do 2º ao 7º períodos do curso de Engenharia Mecatrônica, a equipe Edrom disputa duas partidas na tarde desta quinta-feira, 29/10 – respectivamente, contra os ITAndroids (do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, em São José dos Campos-SP) e os UnBeatables (da Universidade de Brasília).
Aluno do 6º período, Matheus Martins Jeronimo, 21, confessa que a intenção é ganhar as partidas, porém ressalta que mais importante que os resultados dessas partidas já foi o aprendizado adquirido ao longo de aproximadamente um ano concebendo e desenvolvendo os robôs: “Todos os componentes foram pensados, projetados e executados pelo nosso grupo, sem o aproveitamento de nenhuma plataforma pré-elaborada. O goleiro do time, por exemplo, precisa ter visão, movimentos de queda e chute, além da capacidade de inteligência para reagir conforme as necessidades que surgem durante um jogo de futebol.”
O intercâmbio de informações com tantos pesquisadores possibilitado por eventos como este amadurece os jovens cientistas e reflete na concepção de novos projetos. É o que destaca Débora Tahara, que está matriculada no 7º período e também faz parte da equipe Edrom. “Em 2014 participamos do Mundial, que foi disputado em João Pessoa (PB). O mix de conhecimentos que trocamos com competidores que vieram de países como Alemanha, Estados Unidos, Irã e Canadá foi fundamental para que pudéssemos apresentar agora o resultado de um trabalho que partiu da estaca zero”, testemunha.
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