Publicado em 07/01/2016 às 14:24 - Atualizado em 09/06/2025 às 22:14
Professor Álvaro Fonseca e Silva Jr. prevê grupo de Transportes como grande vilão do IPC de janeiro (Foto: Hermom Dourado)
Responsável pela redação, editoração e divulgção do levantamento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) realizado pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU), o professor Álvaro Fonseca e Silva Jr. apresentou na manhã desta quinta-feira, 07/01, os dados referentes ao mês de dezembro e ao balanço da oscilação verificada durante todo o ano de 2015.
No comparativo com o IPC de novembro, a variação total de preços do mês passado foi maior em 0,5 ponto percentual. O IPC de dezembro fechou em 1,05%, com destaque para o grupo de Alimentação e Bebidas, que variou em 1,58%, impactando em 30,49%, conforme as contas da equipe do Cepes. No outro extremo da balança, o único grupo que apresentou oscilação negativa – de 0.18% – foi o de Despesas Pessoais. Em números absolutos, o grupo que mais variou no período foi de Artigos de Residência: 3,60% - impactando em 19,84% no bolso dos consumidores.
A cesta básica apresentou variação positiva de 2,88% e seu preço passou dos R$330,10 do mês de novembro para R$ 339,61. Os produtos de destaque no aumento da variação do valor da cesta foram a batata (35,77%), o feijão (26,91%) e o açúcar (25,30%). A grande novidade do período foi o comportamento da carne, com leve redução de 0,37%, após permanecer em alta durante os meses de setembro, outubro e novembro. Para o cálculo do IPC deste mês foram comparados 29.120 preços, coletados junto a 485 informantes – 75 semanais e 410 mensais – entre os dias 1º e 31.
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Acumulado de 2015 e perspectivas para janeiro – Ainda de acordo com os dados apresentados pelo Cepes, o IPC do ano foi finalizado com uma variação acumulada de 10,53%, sendo que o grupo da Habitação foi o que teve maior oscilação para cima: 19,81%. Em contrapartida, os itens de Vestuário foram os que menos oscilaram ao longo dos últimos 12 meses, com apenas 2,41% no acumulado.
Com relação à cesta básica, a variação de 2,88% em dezembro fez com que o acumulado do ano resultasse em 3,25%. Se em janeiro eram necessários 328,89 para se adquirir a cesta, no último mês de 2015 já foi preciso desembolsar R$ 339,61 pelos mesmos produtos.
O professor Álvaro explica que os três reajustes nas tarifas de energia elétrica ocorridos em 2015 foram fundamentais para o IPC final do ano ter sido de 10,53%. “Estes aumentos repercutiram diretamente em praticamente todos os grupos. Isso é inevitável por conta da importância da eletricidade em toda a cadeia produtiva e também na prestação de serviços”.
Questionado sobre as tendências para o IPC de janeiro, ele adianta que certamente o grupo de Transportes será o grande destaque no aumento dos índices. “A partir do momento em que temos simultaneamente reajustes dos preços nos combustíveis e nas tarifas do transporte coletivo urbano, fatalmente este grupo será o com maior impacto no bolso dos consumidores neste mês”, decreta.
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