Publicado em 07/07/2017 às 17:02 - Atualizado em 09/06/2025 às 22:15
No bairro Shopping Park, existem oito empreendimentos do programa Minha Casa Minha vida, onde pessoas que foram beneficiadas por ele passaram a morar. Elas não se conheciam, não eram uma comunidade, mas passaram a ser vizinhas ao se mudaram para lá. Como, então, ajudar esses moradores a se sentirem aconchegados no bairro onde vivem e estreitarem os laços entre a vizinhança?
Pensando nisso, parte do orçamento do Minha Casa Minha Vida é destinado ao projeto Desenvolvimento Integrado Sustentável do Território (Dist), financiado pelo Fundo Sócio-ambiental da Caixa Econômica Federal, que oferece maneiras de ajudar os moradores a se sentirem pertencentes ao local onde moram.
Em Uberlândia, ele é promovido por uma parceria entre a UFU e a Prefeitura Municipal de Uberlândia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura. A Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) promove o projeto e a docente Gláucia Gomes, do Instituto de Geografia, é coordenadora. Segundo a Proexc, não se trata de um beneficio e nem uma "caridade". O intuito do programa é profissionalizar a comunidade e o papel da UFU é o de promotora da interação com a sociedade. O Dist Uberlândia beneficia, além dos moradores dos empreendimentos do Minha Casa Minha Vida, todos os outros que vivem no Shopping Park, aproximadamente 25 mil pessoas.
O que tem por lá
Oficina de costura oferecida pelo Dist (Foto: Arquivo do projeto )
O Dist acontece em dois espaços dentro do bairro Shopping Park: no Centro de Artes e Esporte Unificado (CEU Shopping Park) e na ONG Estação Vida. O CEU é palco das atividades de educação, esporte, cultura e lazer – música, teatro, ballet, jazz, vôlei, caratê entre outras. Já na ONG funcionam atividades de empreendedorismo e geração de renda, – como cursos de culinária, cabeleireiro e design de sobrancelhas, por exemplo –, além de uma horta comunitária. A horta é desenvolvida também em uma escola do bairro.
De acordo com a coordenadora adjunta Valéria Rodrigues, a ideia do projeto é que ele crie lideranças comunitárias para que seja autossustentável. Por conta disso, a ideia é que os formados nos cursos – como de culinária e cabeleireiro – possam trabalhar atuando no espaço do Dist, oferecendo seus serviços e, parte do recurso arrecadado, seria convertido para o projeto. “Nós estaríamos disponibilizando o material permanente de consumo e uma porcentagem seria revertida para o projeto. É uma forma de continuar replicando os saberes”, explica a coordenadora adjunta do projeto, Elissângela Henriquez.
O Dist teve início, em Uberlândia, no ano de 2016, e a UFU propôs um desafio: fazer o projeto de maneira diferente. Em todos os Dists espalhados pelo Brasil, já há uma pré-determinação das atividades que são implementadas. A UFU propôs ouvir antes a comunidade para saber o que os moradores gostariam que fosse desenvolvido lá. “A gente não está fazendo para a comunidade, a gente está fazendo com a comunidade. O engajamento, a participação, são muito maiores. Isso deu tão certo que, entre os 11 Dists que existem hoje no Brasil, o nosso foi convidado a desenvolver a metodologia para aplicação dos próximos Dists que serão implementados”, afirma Rodrigues.
Evento
A partir da próxima segunda-feira (10/07), haverá uma semana de encerramento do semestre do Dist, com apresentações diversas e a cerimônia de formatura dos concluintes dos cursos qualificação profissional. No Portal de Eventos, é possível encontrar a programação completa. Essas atividades de encerramento são abertas ao público.
Palavras-chave: Dist Shopping Park extensão PROEXC
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