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Literatura

Livro de servidora da UFU reúne simbologia, misticismo, ciência e romance

Psicóloga revela sua saga na ficção e na realidade

Publicado em 19/08/2021 às 12:46 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:51

 

Matumoto: 'Eu escolhia a vida sempre' (foto: acervo da escritora)

Já está disponível em Portugal, Áustria, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, México e Espanha, além do Brasil, o mais recente livro de Polyana Matumoto, servidora e doutoranda da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

“Imperium Cielarko – A filha da luz”, de 298 páginas (e-book e impresso), é um misto de simbologia, misticismo, ciência e romance. Lançado em agosto, esse é o primeiro livro de uma saga. Nele, os leitores acompanham as aventuras de Chiara Newheaven. Ao ser levada de volta para seu mundo natal, a personagem encontra o caminho para si mesma (veja a sinopse completa abaixo).

“Imperium” vem do latim e significa “energia”; “Cielarko” vem do Javanês e significa “arco-íris”, explica a autora. “A energia desempenha um papel primordial na narrativa e as cores nada mais são do que frequências de onda. Dependendo da frequência de onda que seus olhos captam, você enxerga uma determinada cor. Assim, o mundo de Imperium Cielarko é organizado de acordo com as cores do arco-íris, e aborda um pouco as características de cada cor e o que ela emana e transmite. Então, traz algumas noções de cromoterapia e misticismo”, complementa Matumoto.

A primeira versão da obra foi escrita de abril a julho de 2020, período em que a escritora, que já cursava seu doutorado na área de Administração, teve que encarar uma batalha pela vida, ao enfrentar um câncer de mama agressivo.

“Quando passamos por uma batalha como esta, você tem que escolher quem você quer ser nessa luta. Eu escolhia a vida sempre, e essa energia me levou para um mundo fantástico. Eu precisava compartilhar isso com as pessoas. E foi assim que Imperium Cielarko nasceu”, diz Matumoto, narrando sua própria saga.

A autora revela que costuma dizer que é “filha da UFU”. Não é por menos. Sua mãe foi assistente social no Hospital de Clínicas da universidade e seu pai foi discente da primeira turma e depois docente até se aposentar no curso de Engenharia Elétrica. Além do mais, sua graduação em Psicologia, especialização, mestrado e doutorado, foram na UFU. E, em 2008, tomou posse como psicóloga nos quadros da universidade.

Confira trechos da entrevista com Polyana Matumoto:

 

Por que você decidiu escrever o livro?

Em 2020, eu enfrentei um câncer de mama maligno e invasivo. Passei por tudo o que eu podia passar. Quimioterapia, cirurgia, radioterapia. Perdi todo o meu cabelo, retirei minhas duas mamas, mas venci. Fato é que durante as quimios, uma inspiração inexplicável tomou conta de mim e me levou pra um multiverso fascinante, onde a energia é responsável por garantir a própria existência. O processo de escrita desse livro foi tão bonito, e eu diria quase misterioso. Quando passamos por uma batalha como esta, você tem que escolher quem você quer ser nessa luta. Eu escolhia a vida sempre, e essa energia me levou pra um mundo fantástico. Eu precisava compartilhar isso com as pessoas. E foi assim que Imperium Cielarko nasceu.

Eu o escrevia nas madrugadas em que perdia o sono devido aos efeitos colaterais da medicação. Apesar da insônia, eu me sentia muito bem disposta. E quando vinha a inspiração, era como se eu assistisse a um filme que só eu podia ver. Então, comecei a escrever pra contar pras pessoas o que eu estava vendo. Era fascinante.

 

O que você quis expressar no livro?

Um escritor escreve sobre aquilo que vê, sabe, vive e é. Assim, apesar de ser um romance ficcional, minhas vivências e aprendizagens daquele momento estão, com certeza, entrelaçadas na narrativa, só que de uma maneira simbólica. Além disso, tem noções de psicologia, pois sou psicóloga, teorias físicas e químicas reais para embasar alguns conceitos fictícios, pois sou uma cientista, e lugares e criaturas fantásticas, pois sou fã de fantasia e sagas literárias. Então, esse livro é uma expressão de quem eu sou e do que eu acredito.

 

Quando você começou a escrever a obra? Quando concluiu?

Eu comecei as sessões de quimioterapia em março. Em meados de abril, as palavras “Imperium Cielarko” estavam sendo escritas pela primeira vez. Na época, por causa da pandemia de covid-19, eu passava o tempo inteiro em casa. Além disso, eu estava afastada das minhas atividades laborais para fazer o doutorado em Administração, o que eu continuava a fazer sem nenhum prejuízo apesar do tratamento, mas todas as atividades continuavam em formato remoto. Então, quando não estava me dedicando às minhas tarefas acadêmicas, eu escrevia. Havia dias que eu escrevia capítulos inteiros. Por isso, em julho, eu já havia finalizado a primeira versão. Depois de passar por uma sala de roteirista, alguns leitores beta e um revisor de língua portuguesa, a versão final foi enviada às editoras no final de outubro de 2020.

 

Sinopse:

Imperium Cielarko – A filha da luz apresenta uma nova faceta da realidade onde seis mundos, incluindo a Terra, compõem uma teia multidimensional que garantem a sincronicidade da vida. Cada mundo gere um elemento essencial da existência: matéria, tempo, transformação, espiritualidade, energia e conexão. No primeiro livro da saga, acompanhamos as aventuras de Chiara Newheaven, que ao ser levada de volta para seu mundo natal, encontra o caminho para si mesma. Simbologia, misticismo, ciência e romance compõem a narrativa que apresenta Imperium Cielarko, o mundo da teia responsável por gerir e guardar a energia, ao mesmo tempo em que é regido por ela. No momento em que uma força transgressora poderosa está ameaçando o equilíbrio de toda a teia, Chiara assumirá um importante papel nessa guerra.

O livro, publicado pela Editora Viseu, está disponível na versão impressa e e-book nas principais plataformas digitais: Amazon, Americanas, Magalu, Submarino, Shoptime, Google Books, Apple Books e no site da própria editora.

Em 2015, Matumoto publicou o livro infanto-juvenil “O Jardim de Liz", que escreveu para sua filha, hoje com 8 anos. A obra foi distribuída no Brasil e em Portugal.

 

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