Professor visitante promove conversas sobre Física na UFU

Sergio Ulloa chegou ao Brasil em 27 de setembro e deve voltar para os Estados Unidos em 15 de outubro. (Foto: Milton Santos)

O professor Sergio Ulloa, da Universidade de Ohio, localizada nos Estados Unidos, está envolvido em projetos na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), acompanhado do professor Edson Vernek, do Instituto de Física (Infis/UFU). Ulloa tem experiência em Física da Matéria Condensada e é especialista em propriedades de transporte eletrônicas e spintrônicas em sistema de baixa dimensionalidades.

Sua estadia foi possibilitada por meio do Projeto de Internacionalização promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES.PrInt). O edital deste projeto seleciona bolsistas no Brasil e no exterior para a realização de pesquisa em colaboração internacional. O objetivo é estimular a formação de redes de pesquisa internacionais e aprimorar a qualidade de produção acadêmica vinculadas à pós-graduação.

Confira a entrevista do professor Sergio Ulloa para o portal Comunica UFU.

Em quais atividades o senhor está envolvido na UFU?

Tenho gostado de discussões sobre física com meus colegas do departamento. Além do professor Vernek, tive ótimas conversas com os professores José Villas-Boas, Gerson Ferreira, Mariana Odashima e alguns alunos do grupo. Prevejo fazer mais disso nos próximos dias.

Quais atividades ainda acontecerão?

Na sexta-feira, 7 de outubro, às 15h, darei um seminário para o grupo, no bloco 1X. Vocês estão convidados, se quiserem!

O senhor é um teórico da matéria condensada. O que isso significa?

Sim, essa é a minha área de pesquisa. Embora estudemos as coisas ao nosso alcance e que muitas vezes pareçam comuns, fazemos perguntas sobre o porquê delas serem do jeito que são. Por exemplo, a matéria condensada pergunta por que um pedaço de metal é brilhante, enquanto um pedaço de vidro é transparente. Por que a cor do cobre é meio vermelha? Por que a prata e o ouro são tão bons (nobres)? Por que o grafeno é um bom condutor de eletricidade? Como podemos usar materiais que temos para criar novos com propriedades que queremos? E se vocês vierem na sexta-feira, falarei sobre como podemos usar alguns desses materiais para fazer um novo tipo de computador (um computador quântico), que as pessoas esperam que seja mais poderoso do que qualquer coisa que já temos. E o mais importante, o fato de podermos entender por que a natureza é do jeito que é, é a coisa mais satisfatória para um físico.

O senhor tem cerca de 200 publicações em seu site. Está desenvolvendo alguma pesquisa na UFU?

Sim. Com o professor Vernek, estamos trabalhando em algumas ideias de alguns dos materiais de interesse atual. Como esses são novos, as pessoas não entendem completamente como se comportam e ainda se perguntam se podemos controlar suas propriedades. Esperamos avançar algumas dessas ideias nos próximos dias.

O que mais gostou no Brasil e na UFU?

Sempre amei seu país e seu povo. Todo mundo é tão amigável e acolhedor. Tenho muitos amigos e colegas brasileiros com quem compartilhamos interesses comuns em física e outras coisas. A UFU, em particular, é um lugar muito agradável e relaxante, ao mesmo tempo em que tem várias pessoas que trabalham muito e têm ideias muito legais. É divertido discutir ciência com elas.

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