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Sétima Arte

Filme com participação de estudante da UFU na produção e no roteiro recebe prêmio internacional

Festival Portugal Indie Film Fest reconhece 'A Saga' na categoria de 'Melhor Edição'

Publicado em 14/02/2025 às 15:10 - Atualizado em 19/02/2025 às 15:23

Imagem: Pexels

 

Com a proximidade da premiação do Oscar 2025, na qual o filme brasileiro “Ainda estou aqui” recebeu três indicações ("Melhor Atriz", "Melhor Filme Internacional" e "Melhor Filme"), o debate acerca da indústria cinematográfica nacional foi reavivado nas plataformas digitais. O Brasil, que ao longo da história da maior premiação da Academia recebeu 22 indicações, vê a chance de receber sua primeira estatueta dourada no ano de 2025. Esse tipo de reconhecimento traz junto de si importantes investimentos para a cinematografia nacional, uma indústria que, apesar de abrigar múltiplos talentos, segue subfinanciada e esquecida por boa parte da população brasileira. 

De acordo com dados da Agência Nacional de Cinema (Ancine), apenas cerca de 3% dos frequentadores de salas de cinema no Brasil em 2023 eram consumidores dos filmes nacionais, sendo a maioria esmagadora da população participante do público de obras internacionais, principalmente as hollywoodianos. Em meio a esse cenário, ocorreu em janeiro o festival Portugal Indie Film Fest, evento de filmes indie realizado em Lisboa, a capital portuguesa. A premiação entregou ao filme brasileiro “A Saga” o título de "Melhor Edição", trazendo à tona uma discussão interessante sobre financiamento de arte, reconhecimento profissional e a importância do consumo dos produtos audiovisuais brasileiros.

 

Cartaz com as principais informações do filme
Arte: divulgação

 

Sinopse

Dirigido por Dayse Amaral Dias e com montagem de Fernanda Portela, “A Saga” se destaca pela edição cuidadosa, que harmoniza os elementos visuais e sonoros para criar uma experiência cinematográfica única. A história, ambientada no pequeno e histórico município de Estrela do Sul, ganha vida por meio de uma narrativa fluida e emocionalmente impactante, que guia o espectador pelos desafios enfrentados pela protagonista, Maria Flor, interpretada por Emanuelle Anne - egressa dos cursos de graduação em Teatro e do mestrado do Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

A obra é uma aventura fantástica, na qual uma garota tenta encontrar um remédio mágico para curar a mãe doente após uma enchente violenta, que destruiu sua cidade. Personagens marcantes cruzam o caminho da jovem durante seu trajeto, cada um deixando um pouco de si com ela e influenciando, à sua maneira, o desenrolar da trama. O remédio é feito de raros ovos de vagalume e traz o aspecto fantasioso à narrativa. A produção chama a atenção por sua narrativa rica e personagens cativantes, celebrando agora o reconhecimento internacional, tão merecido no cenário da sétima arte brasileira.

O filme foi produzido com incentivos culturais e apoio de empresas locais (Lei Rouanet, Cenibra, Lei Paulo Gustavo via Prefeitura de Uberlândia e Lei Aldir Blanc, via Prefeitura de Estrela do Sul, que ajudou na captação de patrocinadores na iniciativa privada local.

Estudante de Direito na UFU, Thiago Fernandes assina a produção de “A Saga”, juntamente com Emanuelle Anne. Ele também trabalhou no roteiro do filme, contando com a parceria de Paola Siviero. Inspirado na peça teatral “A Saga Nossa de Cada Dia Nos Dai Hoje”, o filme  é um exemplo de como o cinema independente brasileiro pode alcançar excelência técnica e emocional, conquistando espaços em festivais internacionais.

"O Portugal Indie Film Festival consolida-se como uma plataforma importante para o cinema independente, e o reconhecimento de 'A Saga' é um marco para a equipe. A premiação celebra não apenas a edição, mas toda a dedicação e talento envolvidos na criação dessa obra encantadora, que fala sobre amor, sacrifício e a força que habita dentro de cada um de nós", comenta Fernandes.

 

 

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Palavras-chave: cinema Premiação

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