Vídeo permite visita virtual ao Parque do Goiabal

Pesquisadores identificaram desde pequenos roedores até animais de médio e grande porte. Na foto, o gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris). (Fotos: Kátia Giaretta)

O principal remanescente de vegetação original do Cerrado no perímetro urbano de Ituiutaba, cidade do Triângulo Mineiro, é tema de um vídeo produzido — e publicado no dia 20/04 — por alunos, em colaboração com professores do Campus Pontal da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Com duração de quatro minutos e meio, a produção é uma breve amostra de espécies do Parque do Goiabal.

As imagens mostram a biodiversidade do Cerrado presente na unidade de conservação municipal de 37,5 hectares (cerca de 37 campos de futebol), situada ao lado do campus da UFU. Animais como a raposa-do-campo, o macaco-prego e o pica-pau-verde-barrado são algumas das espécies destacadas no vídeo. 

Alunos e professores do Campus Pontal realizam estudos no parque desde o início do funcionamento dos cursos na cidade, em 2008, quando as aulas ainda ocorriam em prédios alugados. Trabalhos científicos que foram feitos de lá para cá podem ser conferidos em formato digital no Repositório Institucional da UFU.

Segundo a docente Kátia Giaretta, do Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal/UFU, estudos realizados por alunos e professores do curso de Ciências Biológicas identificaram que a área abriga 20 espécies de anuros e 15 espécies de mamíferos - desde pequenos roedores até animais de médio e grande porte, como a capivara e o tamanduá-bandeira. 

Chora-chuva-preto (Monasa nigrifrons) é uma das aves encontradas no Parque do Goiabal

A pesquisadora diz que é possível que ocorram no parque várias das 23 espécies de serpentes registradas para o município, a grande maioria inofensiva para o ser humano. As aves silvestres do Goiabal, relata Giaretta, ainda não foram, no entanto, totalmente inventariadas.

Conforme observa a docente, a importância da unidade de conservação está em abrigar espécies de animais e plantas que dependem de ambientes florestais para a sua sobrevivência. Ela destaca, também, o conjunto de tipos vegetacionais que confere ao local um perfil único: floresta estacional, cerradão e mata de galeria.

“Além disso, o parque é um grande instrumento para a melhoria da consciência ambiental da comunidade de Ituiutaba, pois possibilita o desenvolvimento de diversas atividades de educação ambiental”, afirma.

A produção do vídeo faz parte das atividades do Coletivo Goiabal Vivo — formado por alunos e professores dos cursos de Ciências Biológicas e de Geografia e que tem como missão mobilizar e conscientizar a população do município a respeito da importância da conservação do parque —  e do programa de extensão "Coletivo Goiabal Vivo e as ações e interações ambientais", coordenado pela professora Neusa Sposito, do curso de Ciências Biológicas.

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