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Saúde

Projeto da UFU é destaque em premiação sobre saúde materna

Como parte do prêmio, representantes participarão de seminário em Portugal

Publicado em 18/10/2023 às 12:07 - Atualizado em 20/10/2023 às 16:35

O prêmio Mellyssa, promovido pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, tem o objetivo de identificar e compartilhar ações de enfrentamento à mortalidade materna e infantil (Foto: Arquivo da pesquisadora)

O Grupo de Estudos Transdisciplinares de Atenção Reprodutiva (Gestar) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) recebeu o troféu referente ao segundo lugar do Prêmio Mellyssa. A entrega aconteceu na Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), em Belo Horizonte, na noite do dia 3 de outubro.

O prêmio, promovido pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (PMMG), visa identificar, valorizar e divulgar medidas de enfrentamento à morbimortalidade materna e infantil no estado mineiro. 

Desenvolvida pelo Gestar, a pesquisa “(Re) Modelando a assistência à saúde das mulheres: estratégias de atenção ao pré-natal, parto humanizado e nascimento” foi um dos mais de 70 trabalhos que concorreram à premiação. Com a segunda colocação, ela foi uma das três selecionadas para participação no seminário internacional “Jornadas Luso-brasileiras: Sistemas públicos de Saúde e Políticas de Saúde”, a ser realizado pela Universidade de Coimbra, de Portugal. 

“Foi uma grande honra receber esse prêmio de uma causa tão nobre que o Ministério Público de Minas Gerais traz como pauta nas políticas públicas de saúde”, afirma a coordenadora do projeto Gestar, a professora Efigênia Aparecida Maciel de Freitas, da Faculdade de Medicina (Famed/UFU).

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, cerca de 830 mulheres morrem todos os dias por causas evitáveis relacionadas ao parto. Este número é ainda mais preocupante quando 99% dessas mortes ocorrem em países em desenvolvimento, revelando a interferência das diferenças sociais na saúde das mulheres. 

O Projeto Mellyssa, que é de onde vem o prêmio, se esforça justamente para fazer justiça e enfrentamento à mortalidade materna e infantil, em Minas Gerais. O nome é em homenagem a uma criança que, logo após o nascimento, faleceu devido a uma infecção que poderia e deveria ter sido detectada durante exames de pré-natal. 

“A sensibilidade do Projeto Mellyssa vem justamente mover toda a comunidade, autoridades e todas as famílias, de que nossos indicadores são ruins e que temos potencial de garantir uma assistência humanizada, digna, respeitosa e segura para a mulher", afirma Freitas.

 

Gestar

Professora Efigênia Aparecida Maciel de Freitas e grupo e alunas
Segundo Freitas, há quatro iniciações científicas, vários TCCs e um pós-doutorado em desenvolvimento pelos colaboradores do grupo. (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Em atividade desde 2018, o grupo surgiu a partir dos programas Rede Cegonha, Parto Adequado e ApiceOn, vinculados ao Ministério da Saúde. Os projetos fomentam a qualidade e instrução à saúde materna e são base para as atividades realizadas pelo Gestar. 

Atualmente, o grupo presta assistência semanal no ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clínicas (HC-UFU) e em algumas Unidades Básicas de Saúde Fluviais. Dentre suas principais atribuições, estão a realização de capacitações profissionais, pesquisas referentes ao resgate do parto natural e fisiológico e formação de profissionais voltada à assistência humanizada e centrada na saúde da mulher.

Atuando no movimento de mudança no modelo assistencial, o Gestar atende diretamente a gestante e sua família desde o pré-natal, passando pelo parto e puerpério. Para Freitas,  a premiação traz incentivos para que o projeto cresça e seja mais conhecido pela comunidade externa. 


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Palavras-chave: Parto mortalidade gestação saúde Prêmio Mellyssa Ministério Público Ciência

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