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PREMIAÇÃO

Jogo desenvolvido na UFU recebe Prêmio SBEB-Boston Scientific 2023

Projeto venceu a categoria “Inovação em Engenharia Biomédica para o SUS". Objetivo deste concurso é reconhecer e premiar trabalhos técnico-científicos na área de Engenharia Biomédica

Publicado em 28/12/2023 às 14:00 - Atualizado em 02/01/2024 às 13:21

Pesquisadores do projeto desejam desenvolver novas etapas do jogo, a fim de transformá-lo em uma ferramenta completa de reabilitação e monitoramento. (Foto: Alexandre Costa)

Viva a ciência! O jogo "RehaBEElitation", elaborado por pós-graduandos em Engenharia Biomédica da Universidade Federal de Uberlândia (PPGEB-UFU), recebeu o Prêmio SBEB-Boston Scientific de Inovação em Engenharia Biomédica 2023. O projeto, voltado para indivíduos com a doença de Parkinson, desta vez, foi premiado na categoria “Inovação em Engenharia Biomédica para o SUS". 

O prêmio, criado em parceria entre a Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica (SBEB) e a empresa Boston Scientific, tem o objetivo de valorizar e incentivar a produção acadêmica de projetos e trabalhos em engenharia biomédica, voltados para o enfrentamento das dificuldades do sistema de saúde brasileiro e dos serviços públicos de saúde na América Latina. O resultado foi divulgado no início do mês de dezembro de 2023.

 

Outras premiações

Em maio deste ano, o mesmo trabalho foi vencedor na décima primeira edição do evento "Challenge Handicap & Technologie", em Metz (França). O prêmio, de primeira colocação na categoria "Autonomia", está relacionado à promoção da autonomia das pessoas em situação de dependência. Segundo a descrição da categoria, compensar a perda de autonomia das pessoas com deficiência é uma questão essencial na sociedade atual.

 

Sobre o projeto

O RehaBEElitation foi desenvolvido no Núcleo de Inovação e Avaliação Tecnológica em Saúde (NIATS), sendo este um jogo produzido para o treinamento, reabilitação, monitoramento e avaliação de indivíduos que apresentam a doença de Parkinson. 

De acordo com a pós-graduanda, Luanne Cardoso Mendes, também integrante da equipe que desenvolveu o projeto, “o jogo é capaz de proporcionar maior motivação e engajamento aos usuários enquanto realizam exercícios de fisioterapia, além de possibilitar a avaliação objetiva dos principais sintomas motores e não-motores da doença”, explica.

RehaBEElitation é baseado em abelhas. O jogador deve controlar o avatar do game em um ambiente 3D, enquanto realiza movimentos com a mão e o punho. Segundo Mendes, o jogo apresenta elevada usabilidade e acessibilidade, e é compatível com os modelos mentais dos usuários.

“O principal objetivo deste trabalho é ser uma alternativa dinâmica e divertida para promover o tratamento de pacientes com a doença de Parkinson”, destaca Mendes. O projeto foi realizado em conjunto com a Université de Lorraine, na França, com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 

Para o futuro, os pesquisadores pretendem desenvolver novas etapas para o RehaBEElitation, com o intuito de integrar no jogo recursos que permitam realizar o treinamento motor e a avaliação de membros inferiores, transformando o jogo em uma ferramenta completa de reabilitação e monitoramento. “Desejamos incorporar atuadores vibratórios no dispositivo de controle do jogo para deixá-lo ainda mais acessível ao público em geral”, acrescenta Luanne.

O RehaBEElitation não está disponível para pacientes, mas apenas para fins de pesquisas. 

 

Equipe e processos

O grupo responsável pelo desenvolvimento e criação do jogo é composto por discentes, docentes e pesquisadores das áreas de Ciências, Saúde e Tecnologia. 

A pós-graduanda Luanne Cardoso Mendes (PPGEB/UFU) contribuiu na criação da narrativa do RehaBEElitation, isto é, projetou as fases do game, associou os movimentos a serem executados pelos jogadores às ações da abelha, criou vídeos introdutórios explicando cada fase do jogo e produziu os efeitos sonoros do material.

A professora e pesquisadora Angela Abreu Rosa de Sá, também integrante do Núcleo de Tecnologia Assistiva (NTA), codificou o jogo usando Unity 3D, criou o painel de controle e o banco de dados do game. Ela também auxiliou na criação da narrativa do produto final.

A professora Isabela Alves Marques, pós-graduada pela PPGEB/UFU, sugeriu o tema do jogo (abelhas) e contribuiu com a criação da narrativa do projeto.

Já o discente de graduação da Faculdade de Ciências da Computação (Facom/UFU), Carlos Tobias Machado, modelou os objetos do jogo usando o Blender 3D.

Os professores Adriano de Oliveira Andrade (PPGEB/UFU) e Yann Morère da Université de Lorraine orientaram e dirigiram a equipe durante todo o processo de desenvolvimento do jogo.

 

 

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Palavras-chave: PPGEB jogo RehaBEElitation Prêmio SBEB-Boston Scientific 2023 Engenharia Biomédica Parkinson reabilitação abelhas

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