A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) obteve o registro de sua segunda patente de invenção junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O produto, resultado de dois anos de pesquisas, consiste em catalisadores baseados na associação entre o óxido de titânio e o corante ftalocianina de zinco. O invento será utilizado no tratamento de águas poluídas, como os efluentes industriais e o esgoto doméstico, além de outras aplicações. Para o desenvolvimento desses catalisadores, que agilizam a degradação de um grande número de contaminantes, lançou-se mão da nanotecnologia (manipulação em escala atômica e molecular). “É um marco importante para a nanociência do Brasil”, observa o professor do Instituto de Química da UFU, Antonio Eduardo da Hora Machado, um dos coordenadores das pesquisas. Machado destaca, ainda, o crescimento do mercado relacionado à redução de impactos ambientais, como a atuação de empresas no segmento de tratamento de efluentes. “Com isso, diferenciais tecnológicos que proporcionem maior eficácia nos tratamentos apresentam um grande potencial no mercado”, diz. A gestão da “patente verde” está a cargo da Agência Intelecto, que poderá negociar e efetivar contratos de comercialização dos direitos de propriedade intelectual decorrente da tecnologia protegida. A agência é vinculada à Diretoria de Inovação e Transferência de Tecnologia da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propp) da UFU. As pesquisas foram desenvolvidas no Instituto de Química da UFU, a partir de projeto de cooperação internacional entre o Brasil e a Alemanha, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo Deutsches Luft - und Raumfahrt - DLR (centro de pesquisas alemão para aeronáutica e espaço), e o Bundesministerium für Bildung und Forschung – BMBF (Ministério da Educação alemão).