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Tecnologia

Jogo criado por alunos da UFU é o primeiro em downloads

Produto é baseado no viral “Já acabou, Jéssica?”

Publicado em 26/11/2015 às 21:57 - Atualizado em 09/06/2025 às 22:12

 Marco Cavalcanti)

Filipe Nunes e Guilherme Casassanta saíram na frente (foto: Marco Cavalcanti)

Uma dupla de alunos da UFU conseguiu uma façanha desejada por muitos outros jovens. Felipe Nunes (22) e Guilherme Casassanta (23), do curso de Ciência da Computação, criaram um jogo para o sistema operacional Android que passou a ser o mais baixado no Brasil em uma das mais famosas lojas virtuais de jogos da internet.

O “Já acabou, Jéssica?” foi baseado em um vídeo que viralizou na internet ao mostrar uma estudante (Lara) apanhando de uma colega (Jéssica) na saída da escola, no dia 16 de novembro, em Alto Jequitibá, cidade de Minas Gerais. Após receber uma série de socos, Lara se levanta, arruma os cabelos e, em uma surpreendente atitude de coragem, provoca a outra adolescente: “Já acabou, Jéssica?”.

Passado o espanto ao ver, em uma rede social, a cena de violência, Nunes não teve dúvidas de que o mais novo fenômeno daria um divertido jogo – outros memes já tinham sido utilizados como referência para jogos na internet.

Com a experiência adquirida como desenvolvedores de jogos independentes (www.youtube.com/pontobarragame), Filipe e Guilherme começaram uma luta contra o tempo. Viraram a noite fazendo adaptações em um jogo sobre folclore já criado por eles (“Natan Folclore”). “No lugar do Saci a gente colocou a Jéssica e no lugar do Natan, que ficava correndo de um lado para o outro, a gente colocou a Lara”, conta Nunes, informando que o jogo está longe de fazer qualquer apologia à violência.

O esforço foi recompensado. No dia seguinte ao da briga, o jogo já estava disponível, gratuitamente, na loja on-line Google Play. Nas primeiras 24 horas foram contabilizados 50 mil downloads. Uma semana depois o número já atingia a marca dos 700 mil, levando o “Já acabou, Jéssica?” para o topo dos jogos mais baixados no país na loja virtual.

O sucesso, segundo a dupla, é resultado do vídeo e da velocidade com que o jogo foi disponibilizado. “Foi uma carona? Foi. Mas a gente percebeu que chegou a um ponto em que as pessoas estão jogando não mais apenas ‘pela Jéssica’, mas por causa da gameplay, da jogabilidade”, observa Casassanta, consciente de que em pouco tempo o meme acaba. “Não basta ter só uma carona. Tem que ter um jogo bem feito”, diz.

Palavras-chave: Tecnologia jogo viral

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