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Educação

Reunião discutirá manutenção do Pibid

Educadores fazem manifestação hoje (29/02) em prol do programa que incentiva a formação de docentes e valoriza o magistério

Publicado em 27/02/2016 às 11:41 - Atualizado em 09/06/2025 às 22:14

 Marco Cavalcanti)

Regina Vasconcelos: "O Pibid cumpre com o ensino, com a pesquisa e com a extensão". (foto: Marco Cavalcanti)

Na terça-feira, 1º de março, uma reunião no Ministério da Educação (MEC) poderá definir o futuro do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), ameaçado devido a cortes no orçamento. O programa destina bolsas para estudantes de licenciatura atuarem nas escolas públicas, a partir de projetos sob orientação de um docente, visando a formação dos futuros professores.
O encontro vai reunir integrantes do Fórum dos Coordenadores Institucionais do Pibid (Forpibid), reitores e parlamentares, além de representantes do MEC e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A reivindicação da comunidade acadêmica é a manutenção do Programa respeitando sua vigência até, pelo menos, março de 2018 (conforme o Edital Capes n. 61/2013), ou seja, sem cortes de bolsas.
A defesa do programa mobiliza a Coordenação do Pibid na UFU, a Pró-reitoria de Graduação e a Reitoria desde julho de 2015, quando foi anunciada a possibilidade de sua descuntinuidade.
A professora do Instituto de História, Regina Vasconcelos, coordenadora institucional do Pibid na UFU, adianta que está sendo solicitado ao MEC a formação de um grupo de trabalho com a participação de Instituições de Ensino Superior, o Forpibid, parlamentares e diferentes agentes sociais envolvidos para pensar novos rumos para o programa, se a situação persistir.
"A expressão corrente entre nós hoje é um planejamento pactuado entre esses diferentes agentes que se envolvem com a formação de professores e com esse programa que tem demonstrado muito vigor, excelentes resultados na relação da universidade com a escola e na formação de novos professores", afirma a coordenadora.
Atualmente, o Pibid abrange, na UFU, 23 cursos de licenciatura, sendo 16 nos campi de Uberlândia e sete no Campus Pontal. São 28 subprojetos desenvolvidos em 62 escolas dos municípios de Uberlândia e de Ituiutaba com 56 coordenadores de área, 116 supervisores e 963 licenciandos.
Nos projetos, os estudantes de licenciatura recebem bolsas mensais de R$ 400; os professores supervisores, que devem acompanhar pelo menos cinco estudantes, R$ 765; e coordenadores R$ 1.400. Além das bolsas, cada programa institucional recebe uma verba de custeio anual, mediante a apresentação de um plano de trabalho.
Instituído pelo MEC em 2007, o Pibid teve início na UFU em 2009. Como uma das contribuições resultantes do trabalho realizado até o momento, destaca Regina Vasconcelos, as instituições de ensino do país estarão dedicadas, em 2016, à reformulação do currículo para formação de professores.
"O Pibid é um programa que cumpre as várias dimensões do que deve ser uma universidade. Ele cumpre com ensino, ele cumpre com pesquisa e com a extensão. A gente vem reconhecendo e aprendendo com isso desde que ingressamos no Pibid. É uma experiência, um espaço vital para a universidade. Ele tem essa importância plural. É por isso que temos lutado".
Manifestação
Uma manifestação será realizada nesta segunda-feira, 29/02, na praça Tubal Vilela, em Uberlândia, em defesa da manutenção do Pibid. Foram convidados licenciados, supervisores (professores das escolas) e licaneciandos da UFU. O ato será realizado das 17h às 19h.

Palavras-chave: Educação Pibid Reunião magistério licenciatura

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