Vacina Influenza é segura para alérgicos a ovo

A administração da vacina trivalente que imuniza contra os vírus H1N1, H3N2 e Influenza B foi recomendada também para pacientes alérgicos aos componentes presentes no ovo, principalmente crianças. O parecer é endossado pelo Ministério da Saúde, a Secretaria de Vigilância em Saúde e o Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. A recomendação é reforçada também no Guia de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) do ano 2015-2016.

O professor do faculdade de Medicina da UFU, Ernesto Akio Taketomi, alergista e imunologista, destaca que a fração de ovo utilizada na produção das vacinas é de microgramas. A diferença de escala de um micrograma para uma grama é um milhão de vezes menor. Pacientes com grau severo de alergia devem ficar 30 minutos em observação após a aplicação da vacina, para evitar quaisquer riscos ou complicações. Taketomi destaca também que eventuais efeitos colaterais da vacina, que podem simular sintomas de gripe, não devem impedir ninguém de se vacinar. "O risco da doença excede o risco da vacinação", reforça.

A campanha nacional de vacinação promovida pelo Ministério da Saúde tem início amanhã, 30, e vai até o dia 20 de maio. No sábado, Dia D de mobilização nacional pela causa, 65 mil postos espalhados pelo país estarão aplicando a vacina gratuitamente em grupos prioritários que possuem maior risco de contrair a doença: crianças de 6 meses a 5 anos de idade, gestantes, mulheres que deram à luz há menos de 45 dias, idosos, profissionais de saúde, povos indígenas e portadores de doenças crônicas e doenças que comprometem a imunidade.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2016 já foram registrados 1635 casos de Influenza, com 250 óbitos. A vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da Influenza.