Publicado em 30/08/2018 às 14:18 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:56
Já imaginou uma cadeira de rodas movida pelo globo ocular? E que tal uma plataforma on-line, em que jovens de 14 a 21 anos aprendem as mesmas técnicas de programação ensinadas para os graduandos do primeiro período do curso de Sistema de Informação? Esses foram alguns dos projetos apresentados pelos pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) na Mostra de Inovação, nessa terça (28/8) e quarta-feira (29/8), em Uberlândia, durante a segunda edição do Congresso Internacional de Tecnologia, Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade (Cities Brasil).
Foram quatro inovações presentes na mostra. A equipe do professor Eduardo Lázaro Martins Naves, da Faculdade de Engenharia Elétrica (Feelt/UFU), desenvolveu no Núcleo de Tecnologia Assistiva (NTA), uma cadeira de rodas motorizada pelo controle do globo ocular. A pesquisadora Andressa Rastrelo Rezende, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica, explica que o projeto visa trazer independência para as pessoas que possuem doenças mais severas.
Cadeira começou a ser criada em 2014 (Foto: Marco Cavalcanti)
“A nossa intenção é trazer mobilidade para aquelas pessoas que não conseguem mais movimentar a mão, tendo uma tetraplegia mais grave ou esclerose em um nível mais avançado. Um dos últimos órgãos a ser acometidos pela esclerose são os olhos. Mesmo aquelas pessoas que têm a síndrome do enclausuramento, o movimento do globo ocular ainda se mantém, então é uma forma para a pessoa ter mais independência”, conta.
Outro projeto também desenvolvido na Faculdade de Engenharia Elétrica (Feelt/UFU) é um sensor que, após preso na coleira de um animal ou em um curral, irá possibilitar ao pecuarista várias informações como localização e alimentação. O protótipo, que disponibiliza os dados on-line, tem o objetivo de aumentar e melhorar a gestão da pecuária com o auxílio da automação.
Protótipo está sendo desenvolvido há quatro meses (Foto: Marco Cavalcanti)
O terceiro projeto é da área da educação. A plataforma gratuita que visa ao incentivo à formação de talentos na área de tecnologia, chamada UberHub Code Club, ensina jovens de 14 a 21 anos, por meio de aulas on-line e presenciais, conteúdos sobre programação. Os módulos são semelhantes ao que os graduandos do primeiro período da Engenharia da Computação da UFU aprendem.
O programa, que já existe há três anos, é realizado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Uberlândia (Coden Uberlândia 2100) e coordenado pelos professores Luiz Claudio Theodoro e João Henrique de Sousa Pereira, da Faculdade de Computação (Facom/UFU), e pela engenheira Cynthia Guerra Braga. Ao todo, participam do projeto 300 alunos, além de professores e estudantes dos cursos de Engenharia de Computação e Sistema de Informação, da Faculdade de Computação (Facom/UFU).
A empresa eSolvere, vinculada ao Centro de Incubação de Atividades Empreendedoras (Ciaem/UFU), também esteve presente na mostra. O projeto desenvolve soluções baseadas em análise de imagem para o controle de qualidade de informação nos produtos fabricados na indústria. Assim, o gestor da empresa tem um indicador de eficiência para melhorar as tomadas de decisões no empreendimento.
Uma das funcionalidades da câmera da eSolvere é indicar disponibilidade da linha de produção (Foto: Marco Cavalcanti)
Gabriel Carranza, um dos idealizadores da eSolvere, conta que a ideia surgiu em 2012, quando ele cursava Contabilidade na UFU. “Um professor dizia muito sobre ‘alocar o recurso de forma eficiente’. Fiquei pensando que eu não poderia fazer isso à mão, porque seria necessário realizar o cálculo todos os dias. Fui pro Ciaem incubar a ideia e consegui encontrar parceiros que investiram”.
Palavras-chave: Tecnologia inovação engenharia educação saúde
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