Mês termina com grande campanha sobre a hanseníase

O “Janeiro Roxo” é o mês de conscientização contra a hanseníase. Com o tema “É possível curar. É preciso tratar”, o Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária e Hanseníase do Hospital de Clínicas de Uberlândia da Universidade Federal de Uberlândia (Credesh/HCU-UFU) promove ações durante a Semana Mundial de Luta Contra o Preconceito pela Hanseníase.

As atividades terão início na próxima segunda-feira, 20, e seguem até o dia 29, com rodas de conversas nas unidades de saúde, atividades de educação em saúde em hanseníase e aula magistral sobre as "Perspectivas e Avanços Científicos da Hanseníase". Também como parte da programação, haverá no dia 21, às 8h, no Credesh – Rua Capricórnio, 94, Bairro Jardim Brasília –, uma coletiva de imprensa.

A organização do evento conta com a parceria da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia (Vigep), do Movimento de Reintegração da Pessoa Atingida pela Hanseníase (Morhan), da Casa das Bem Aventuranças (CBA), da Sociedade Brasileira de Hanseologia  e do Instituto Aliança Contra a Hanseníase (AAL).

Hanseníase

A Hanseníase é uma doença  crônica, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae. Representa um problema de saúde publica que exige vigilância em todos os níveis de atenção. O Brasil é o segundo país do mundo com maior número da doença, sendo a Índia o país com maior índice. De acordo com os especialistas, a hanseníase é uma doença endêmica na região de Uberlândia. No ano passado, 210 casos foram notificados, oito em pacientes menores de 15 anos.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado evitam sua evolução e, consequentemente, impedem incapacidades físicas. O tratamento é gratuito e está disponível nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O Credesh/HC-UFU é um dos seis centros de referência do país e atende 85 municípios de  quatro Superintendências Regionais de Saúde (Uberlândia, Uberaba, Ituiutaba e Patos de Minas). Atualmente, possui uma equipe multiprofissional com 41 profissionais, entre médicos (hansenólogos, dermatologistas, ortopedista, neurologista e outras especialidades), cirurgião dentista, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, técnico ortesista, biólogos, técnico de laboratório, farmacêutico, enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistentes administrativos. A unidade conta ainda com laboratório próprio – Laboratório de Patologia Molecular e Biotecnologia – localizado no Campus Umuarama.