Publicado em 18/11/2020 às 10:35 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:51
Apresentação virtual de Viviane Lima no 27º Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica.
Viviane Lima estuda Engenharia Biomédica na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Durante a iniciação científica, a aluna investigou como o ato de desenhar senoides - as ondinhas - pode ser monitorado por computadores para avaliar os tremores das pessoas com a doença de Parkinson. Pelo seu trabalho, Lima garantiu o 2º lugar no PRÊMIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA da Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica.
A PESQUISA foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os professores Adriano de Oliveira Andrade e Adriano Alves Pereira, da Faculdade de Engenharia Elétrica (Feelt/UFU), supervisionaram o trabalho.
A doença de Parkinson é neurológica e afeta os movimentos dos indivíduos. “Ela pode causar tremores, lentidão, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita. A doença ocorre por causa da degeneração das células situadas na região chamada substância negra no cérebro”, informa o MINISTÉRIO DA SAÚDE.
“Devido à pandemia, não houve coleta de dados presencialmente. Eu usei os desenhos que já foram coletados por outra pesquisadora, na base de dados de uma TESE DE DOUTORADO, para fazer a pesquisa”, explica Lima. Na tese de Ana Paula Silva, 22 voluntários foram avaliados, com aprovação do comitê de ética. Foi colocado um sensor inercial - um aparelho que capta o movimento - na mão de cada um para registro.
Com o auxílio da visão mais objetiva dos computadores, a frequência, a interrupção, os tremores e a trajetória dos desenhos da onda ficam mais identificáveis. O sensor ideal não deixaria passar um risco fora do lugar. Dá até para comparar os indivíduos que têm Parkinson e os que não têm. Além disso, a ferramenta pode ser usada para avaliar o progresso de um paciente acometido por dificuldades no movimento das mãos que esteja em tratamento.
“O TREMSEN é o aparelho que faz a coleta dos dados. Ele já é patenteado e foi desenvolvido no Núcleo de Inovação e Avaliação Tecnológica em Saúde (NIATS/UFU). A ideia do exame é simples para que em qualquer clínica seja possível coletar os dados do movimento”, afirma Lima.
Tremsen patenteado pelo Núcleo de Inovação e Avaliação Tecnológica em Saúde. (Foto: Arquivo dos pesquisadores)
Depois da premiação, mais estudos estão a caminho para aprimorar o projeto e aproximar a tecnologia para a saúde: “a engenharia não é capaz de diagnosticar a doença Parkinson, mas sim indicar a presença e a intensidade dos tremores que podem indicá-la”, finaliza Andrade, um dos orientadores da pesquisa.
Palavras-chave: Parkinson iniciação científica Engenharia Biomédica
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