Publicado em 03/11/2020 às 08:52 - Atualizado em 22/08/2023 às 16:52
O que você faria se lhe pedissem para desenhar um cientista? Desenharia um homem ou uma mulher? No estudo DRAW-A-SCIENTIST-TEST, teste de desenhar um cientista, em um grupo de aproximadamente 5 mil crianças entre 5 e 11 anos, apenas 28 delas desenharam uma mulher cientista. Levando em consideração essa problemática de gênero, o projeto QUIMINAS surgiu para mostrar que mulheres também têm lugar na ciência.
Desenvolvido sob coordenação da professora Amanda Danuello, do Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o projeto de extensão atua nas redes sociais produzindo conteúdo que desperte o interesse das meninas pela carreira de cientista, além de mostrar que ciência não envolve apenas as áreas de exatas e médica.
Danuello conta que, desde o início da sua trajetória acadêmica, percebeu a disparidade entre os gêneros, sendo ela muitas vezes a única mulher presente em reuniões de gestão, por exemplo. “Numa roda de conversa informal com colegas de trabalhos (todos homens), após uma reunião, comentei que precisava conversar com um diretor e um dos colegas disse: ‘Faz assim, veste uma minissaia e vai lá falar com ele, você consegue o que quiser’. Imediatamente respondi: ‘nunca precisei disso para chegar até aqui’”, relata a professora.
Situações de machismo como essa incentivaram Danuello a desenvolver um projeto que dá enfoque à presença feminina na ciência. Composto apenas por mulheres, o QuiMinas traz curiosidades, histórias e indicações relacionadas a mulheres cientistas. “Questões como a maternidade, falta de incentivo e o machismo estrutural dificultam nossa ascensão profissional. Tudo isso me fez refletir sobre a importância de empoderar as meninas para que não desistam da carreira científica e possamos cada vez mais ocupar tantos espaços ainda dominado pelos homens.”
Palavras-chave: Ciência Mulheres Cientistas Instagram Química
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